BC do Japão provavelmente afrouxará política monetária, dizem fontes

Publicado em 12/03/2020 08:44

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O Banco do Japão deverá afrouxar a política monetária na próxima semana, na tentativa de limitar o impacto do surto de coronavírus e a recente volatilidade do mercado, disseram à Reuters fontes familiarizadas com o assunto.

Embora ainda não exista um consenso sobre quais medidas o banco central adotará, aumentar as suas compras de fundos negociados em bolsa (ETF) está entre as opções mais prováveis, afirmaram as fontes.

"É impossível combater o coronavírus com política monetária. Mas ela pode desempenhar um papel em alimentar a confiança entre o público, o que o Banco do Japão pode precisar fazer na próxima semana", disse uma fonte, sob condição de anonimato.

"O Banco do Japão tem que evitar que a volatilidade do mercado provoque uma espiral de queda na economia través da piora do sentimento", disse outra fonte, em visão compartilhada por outras duas.

O plano é preliminar e está sujeito a alterações, já que o conselho de nove membros do banco central ainda não iniciou conversas completas sobre o próximo passo preferido, completaram as fontes.

O Banco do Japão está sob pressão para afrouxar a política monetária em sua reunião de 18 e 19 de março, com a queda das bolsas de valores, um aumento do iene e o nervosismo devido à epidemia que ameaça restringir o investimento corporativo e inviabilizar uma frágil recuperação econômica.

"Está entre as opções se as compras se aproxima de 6 trilhões de ienes que o banco central promete comprar anualmente", disse uma terceira fonte sobre a possibilidade de aumento de compras e ETF.

Dada a incerteza sobre quanto tempo levará para conter o surto de coronavírus, o BOJ esperará até sua reunião de 27 a 28 de abril para realizar uma avaliação mais aprofundada sobre o impacto da pandemia no crescimento econômico e nos preços.

Por enquanto, o BOJ se concentrará em estabilizar os mercados e lidar com o impacto financeiro imediato às empresas desde o surto, disseram as fontes.

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Fonte:
Reuters

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