Exportação de carne de frango por UF: resultados controversos, mas explicáveis
Os dados de exportação de carne de frango de 2020 por Unidade Federativa (UF) são a um só tempo pouco significativos e controversos.
Pouco significativos porque abrangem apenas o primeiro bimestre do ano e muita água vai rolar no decorrer deste exercício, eventualmente até alterando os indicado-res atuais. Controversos porque registram variações que não correspondem à realida-de. Por exemplo, aumento de mais de 120% nas exportações da Região Centro-Oeste. Ou, então, redução de mais de 25% nas exportações de Santa Catarina.
Como indica a informação contida no pé da tabela abaixo, os dados relativos a 2019 correspondem à informação então divulgada pela SECEX/ME. E, naquela época, o Avi-Site comentou que, frente a algumas discrepâncias observadas, tudo indicava que a SECEX/ME havia deixado de considerar o estado de origem do produto exportado, pas-sando a concentrar seus números nas empresas exportadoras. Tanto que, no primeiro semestre de 2019, os dados relativos a Santa Catarina indicavam expansão de mais de 70%, enquanto o Rio Grande do Sul amargava redução superior a 30%.
Os primeiros dados relativos a 2020 invertem essa situação. Santa Catarina surge com uma redução de 25%; e o Rio Grande do Sul com um aumento de 87%. Mas nenhum desses índices é verdadeiro. Apenas indicam que o parâmetro anterior (exportação por UF e não por empresa) voltou a ser adotado.
Essas e outras distorções (melhor observadas na tabela abaixo) tendem a ser corrigi-das à medida que o ano avança. Mas o que importa, por ora, são os indícios de que as cinco Regiões fecharam o bimestre com aumento de exportação, gerando um resul-tado final que implicou em incremento de 13% no volume exportado e de quase 11% na receita cambial obtida.
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