Milho fecha semana com referência de R$ 45/saca no Porto de Paranaguá com suporte no dólar
A semana termina com preços firmes para o milho no mercado brasileiro. O dólar que segue acima dos R$ 4,60 e a ajustada relação de oferta e demanda no país mantém as cotações sustentadas. No interior e nos portos, os indicativos seguem elevados, com a referência em Paranaguá terminando a semana nos R$ 45,00/saca. O indicador Cepea segue acima dos R$ 54,00.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta semana, o analista de mercado Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria, afirma que a tendência se mantém positiva e que o preço da saca, base Campinas, têm fôlego, inclusive, para alcançar os R$ 60,00 no curto e médio prazos. "Apesar de uma safra recorde, temos uma cenário de demanda bastante firme, além do câmbio, que mantém o cenário de preços muito firmes", diz Ribeiro.
Veja mais:
>> Milho: Preços têm fôlego para alcançar os R$ 60 - base Campinas - no curto e médio prazos
Nesta sexta-feira (6), os dólar encerrou o dia com baixa de 0,36% e valendo R$ 4,6344, depois de acumular uma alta de 8,13% nos últimos 12 pregões. Somente nesta semana, os ganhos acumulados pela moeda americana são de 3,42%. E este tem sido um dos mais importantes pilares para a formação dos preços no Brasil, assim como acontece com a soja.
"O dólar à vista finalmente quebrou uma série de 12 altas consecutivas e fechou em baixa moderada ante o real nesta sexta-feira, mas ainda assim acumulou a maior valorização semanal desde novembro do ano passado, depois de dias de forte tensão por causa do coronavírus e ampliada por questionamentos do mercado acerca do modus operandi de atuação do Banco Central no câmbio", explica a agência de notícias Reuters.
Leia mais:
>> Dólar à vista encerra série de 12 altas, mas salta 3,4% no acumulado de semana com forte tensão
Além disso, o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, explica ainda que "a soja em forte alta faz com que os produtores segurem as vendas do Milho e vendam a oleaginosa para fazer caixa neste começo de março, e esse movimento é mais um que segue dando fôlego ao milho, que
mostra 50% da safra colhida".
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os preços caíram nesta sexta-feira, acompanhando a queda generalizada das commodities, liderada pelo petróleo, que perdeu mais de 8%.
Leia mais:
Além das questões macroeconômicas, as cotações do milho na Bolsa de Chicago são pressionadas ainda pela demanda fraca pelo cereal norte-americano. Em toda a temporada, as vendas externas dos EUA somam 26.642,1 milhões de toneladas no acumulado, contra mais de 40 milhões do ano comercial anterior.
0 comentário
Preço do milho segue o dólar e fecha segunda-feira recuando na B3
Exportação de milho do Brasil segue atrás de 2023, mas Brandalizze vê bons volumes acumulados
Importações de milho pela China despencam em 2024
Milho segue a soja e abre a 2ªfeira levemente recuando em Chicago
Radar Investimentos: Colheita do milho nos EUA atingiu 95% no último domingo (17)
Milho/Cepea: Retração compradora limita alta de preços