Itália: número de mortos por coronavírus chega a 11; SP monitora 4 casos suspeitos
A epidemia de coronavírus continua avançando na Itália. Ao menos 322 pessoas tiveram infecções confirmadas no país até a tarde desta terça-feira, 26, de acordo com autoridades italianas O número de mortes chegou a 11 - todas as vítimas são pessoas idosas.
Outros países da União Europeia impuseram restrições a pessoas que chegam das regiões mais afetadas, no norte da Itália. A França, no entanto, aconselhou que cidadãos evitem viajar para Lombardia ou Veneto, duas regiões italianas no centro da epidemia.
A principal companhia aérea da Bulgária, Bulgaria Air, cancelou todos os voos para Milão até 27 de março.
A grande maioria dos casos ainda se concentra no norte do país. Mas pela primeira vez desde o início do surto, na sexta-feira, o vírus chegou ao sul, na cidade de Palermo, na Sicília. Uma das mulheres contagiadas é de Bérgamo, na Lombardia, e estava viajando com dois amigos por Palermo.
Em toda a região norte do país existe uma corrida aos supermercados, que já apresentam prateleiras. vazias. Logo que o surto começou, os itens mais procurados eram desinfetantes e máscaras descartáveis, mas agora a busca é de praticamente todos os itens, de papel higiênico a frutas, carnes, enlatados em geral, macarrão, arroz. Tudo com data de validade maior. E os frescos, inclusive os ovos, já sumiram das prateleiras.
Nesta terça-feira, 25, outros países europeus começaram a registrar seus primeiros casos de infectados. Um hotel nas Ilhas Canárias, arquipélago espanhol no Oceano Atlântico, foi colocado em quarentena após um médico italiano hospedado no local ter sido testado positivamente para o coronavírus.
Há dois casos confirmados também na Áustria. Ao site Wiener Zeitung, as contaminações teriam sido identificadas na região do Tirol. Tratam-se de pessoas com 24 anos, uma delas da região da Lombardia, na Itália. Eles permanecerão em quarentena. Na Croácia e Suíça, segundo informações do The Guardian, também foram reportados casos, assim como um caso identificado na Catalunha, na Espanha. (Com agências internacionais)
Fonte: Dow Jones Newswires
SP monitora 4 casos suspeitos de coronavírus; uma das pessoas veio da Itália
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo investiga quatro casos suspeitos de coronavírus no Estado. São todos adultos: três da capital e um de Bauru.
Todos são viajantes que vieram de algum dos países que entraram na lista de vigilância do Ministério da Saúde. É a primeira vez que uma pessoa vinda da Itália é investigada. O país, que já tem 322 casos confirmados de infecção, figura no rol de países que demandam atenção, assim como Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Tailândia, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes.
O Ministério da Saúde incluiu oito desses países na segunda-feira, 24, no rol de suspeitos depois que eles começaram a apresentar novos casos da doença.
O Brasil recebeu pelo menos 5,3 mil voos, no ano passado, desses países. O número de passageiros que vieram da Itália, França Alemanha e Emirados Árabes soma 1,3 milhão de pessoas, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De acordo com a secretaria, 26 casos já foram descartados em São Paulo. O Brasil ainda não teve nenhum caso confirmado de contaminação pelo Covid-19, que é o nome técnico do tipo mais recente do coronavírus.
O órgão de saúde lembra que pessoas que apresentarem sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza e que tenham histórico de viagem em área com circulação do vírus ou contato próximo com algum caso suspeito ou confirmado par ao vírus devem procurar o serviço de saúde. A prevenção pode ser feita com uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal.
Em todo o Brasil, já foram descartados 54 casos suspeitos. Até segunda-feira, o Ministério da Saúde indicou que, além dos casos paulistas, havia mais um no Rio. Os secretários estaduais de saúde avaliam ser questão de tempo até o Brasil ter um caso confirmado do novo coronavírus. Apesar disso, consideram que o País está pronto para conter o avanço da doença e tratar os pacientes, disse ao Estado, Alberto Beltrame, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Irã tem 15 mortes por coronavírus e até vice-ministro da saúde está doente
Com 15 mortes pelo novo coronavírus, o Irã já é o segundo país com mais mortes no surto, depois da China, que registra mais de 2,5 mil óbitos. O vice-ministro da Saúde iraniano, Iraj Harirsh, é um dos diagnosticados com a doença, informaram autoridades nesta terça-feira, 25. País vizinhos, como os Emirados Árabes, a Turquia e a Armênia, já anunciaram suspensão de voos para o Irã, que tem sido cobrado por mais transparência para divulgar informações sobre o alcance do surto.
"Ontem à noite tive febre e testes preliminares deram positivo", afirmou o vice-ministro, em vídeo. "Me isolei desde o último teste. E comecei o tratamento, acrescentou Harirsh, que na véspera havia tossido e transpirava excessivamente durante uma coletiva de imprensa. Segundo o governo, há 95 casos registrados no Irã.
A região de Qom, epicentro da epidemia no Irã, não foi colocada sob quarentena, mas cerimônia religiosas foram suspensas. Em outras províncias, como Teerã, ônibus e vagões de metrô foram desinfetados durante a noite. O Irã ainda busca a origem do vírus em seu território. O ministro da Saúde, Said Namaki, afirmou que um dos mortos de Qom era um comerciante que viajava com frequência à China.
O presidente iraniano, Hasan Rohani, pediu calma à população e disse que esta epidemia não é pior do que outras já enfrentadas pelo país. No exterior, o governo tem sido acusado de esconder informações sobre o surto. Um legislador local chegou a dizer que o número de óbitos pode ser de cerca de 50. As autoridades prometem transparência.
Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos, cobrou transparência de Teerã. "Os Estados Unidos estão muito preocupados sobre as informações de que o regime iraniano pode ter ocultado detalhes importantes sobre a epidemia", declarou Pompeu a jornalistas nesta terça. (Com agências internacionais)
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