Frango de SC perde espaço nas exportações em janeiro
Se em janeiro do ano passado Santa Catarina era responsável por 31,7% do faturamento com exportação de carne de frango, este ano o valor caiu para 25,8%, de acordo com o Boletim Agropecuário do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). As receitas de janeiro de 2020 foram de US$134,47 milhões, queda de 15,0% em relação ao mês anterior e de 21,6% na comparação com janeiro de 2019.
Segundo o Centro, a explicação para parte dessas quedas pode ser explicada pela antecipação de compras em meses anteriores, feitas por alguns países para garantir seus estoques para o período. Entretanto, devido à severidade da crise sanitária enfrentada pela China, com surtos de Peste Suína Africana, coronavírus e gripe aviária, a expectativa é de as exportações este ano supere os montantes de 2019.
Em janeiro deste ano, Santa Catarina exportou 77,84 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada),queda de 14,8% em relação ao mês anterior e de 23,0% na comparação com janeiro de 2019. Essa foi a menor quantidade exportada pelo estado desde junho de 2018.
DESTINOS
Assim como a carne suína exportada pelo Brasil, a proteína avícola teve como principal destino a China, que enfrenta escassez de carnes devido aos surtos de Peste Suína Africana, gripe aviária e a dificuldade de mobilidade de mercadorias devido ao coronavírus.
O país asiático adquiriu em janeiro 12,48 mil toneladas ao preço de US$ 25,24 milhões, o que representa 18,8% do total exportado. Na comparação com o mesmo mês de 2019, os embarques para a China cresceram 57,1% em valor e 38,9% em quantidade. Contudo, quando se leva em consideração o mês anterior (dezembro/2019), registra-se queda de 16,0% em valor e 14,5% em quantidade.
Com exceção da China, praticamente todos os demais grandes importadores de carne de frango catarinense apresentaram quedas na comparação com janeiro do ano passado, com destaque para os Emirados Árabes Unidos (-51,3% em valor e -51,8% em quantidade), Arábia Saudita (-57,3% e -57,8%), Iraque (-83,1% e -86,0%) e México (-100%).
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