Milho: Mercado tem altas pontuais no interior do Brasil de até 2,5% nesta 2ª feira
Os preços do milho terminaram a sessão na B3 em campo positivo nesta segunda-feira (10). O vencimento março encerrou o dia com R$ 49,55 e alta de 0,30%, enquanto o setembro subiu 0,36% para R$ 41,50 por saca.
O mercado nacional, embora aponte baixas pontuais e regionais onde a colheita se mostra um pouco mais adiantada, continua sustentado e, como explica o consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, "a linha da baixa está muito curta e assim sem muito espaço para queda" diante dos estoques muito ajustados e de boa demanda pelo grão brasileiro.
No paralelo, o dólar alto também dá sustentação às cotações. Nesta segunda-feira, a moeda americana fechou estável, mas ainda acima dos R$ 4,30, com R$ 4,32.
"O dólar ficou perto da estabilidade ante o real nesta segunda-feira, colado em máximas recordes, num dia sem grandes catalisadores nos mercados financeiros globais e na véspera da divulgação de documento no qual o Banco Central pode dar mais sinalizações sobre o juro básico, variável que tem tido influência sobre a taxa de câmbio", informou a agência de notícias Reuters.
Como explicam os pesquisadores do Cepea, pequenas baixas foram registradas nos últimos dias e isso acabou por reduzir timidamente a liquidez no mercado nacional.
"De modo geral, compradores têm optado por aguardar o avanço da colheita para negociar grandes lotes. Além disso, as recentes quedas no mercado internacional reduzem a paridade de exportação e influenciam as baixas dos preços domésticos", informa o Cepea.
No porto de Paranaguá, o indicativo permanece estável nos R$ 43,00 por saca, enquanto no interior do Brasil algumas altas foram registradas, como Campinas/SP com ganho de 0,97% para R$ 51,22 por saca; Assis/SP 1,15% para R$ 44,00. Em Mato Grosso, Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, as altas superam os 2% e as referências continuam na casa dos R$ 40,00 por saca.
BOLSA DE CHICAGO
No pregão desta segunda-feira, os futuros do milho terminaram o dia com leves baixas na Bolsa de Chicago, de 0,50 a 1,75 ponto. O março ficou com US$ 3,81 e o maio, US$ 3,86 por bushel. O setembro terminou a sessão valendo US$ 3,89.
O mercado internacional de grãos continua cauteloso e na defensiva, ainda no aguardo de novas notícias que possam partir do cenário geopolítico e, paralelamente, esperando também pelo novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que chega amanhã, dia 11.
"Os futuros dos grãos operam em baixa, embora o mercado veja os traders promovendo um movimento de cobertura de posições, e atentos a quaisques mudanças que o USDA possa trazer nesta terça-feira em seu relatório mensal", diz a a consultoria internacional Allendale, Inc.
Como explica o analista líder do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman, o boletim não deverá trazer qualquer alteração nas estimativas para a produção de grãos dos EUA. No caso do milho, deverão estar em foco a demanda interna americana pelo cereal para a produção de rações, de etanol e nas exportações, as quais poderiam registrar um sutil incremento.
No link abaixo, veja as expectativas do mercado na íntegra:
>> USDA pode reduzir estoques finais dos EUA e aumentar safra de soja do Brasil
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