Província chinesa de Hubei confirma 81 mortes nos sábado e 2.147 novos casos de infecção por coronavírus

Publicado em 09/02/2020 20:19

Wuhan, 9 fev (Xinhua) -- A Província de Hubei, no centro da China, registrou 2.147 novos casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus e 81 novas mortes no sábado, informaram as autoridades locais de saúde no domingo.

A cifra representa uma queda de 694 pessoas em relação aos novos casos confirmados registrados no dia anterior.

A capital da província, Wuhan, registrou 1.379 novos casos confirmados e 63 novas mortes, e as cidades de Xiaogan e Huanggang viram respectivamente 123 e 100 novos casos confirmados, segundo a Comissão Provincial de Saúde de Hubei.

Um total de 324 pacientes recebeu alta hospitalar na província no sábado após terem se recuperado, elevando o número total de pacientes recuperados para 1.439.

Hubei tinha 27.100 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus até sábado, com 780 mortes e 5.247 casos em estado grave ou crítico.

A taxa de mortalidade geral em Hubei foi de 2,88%, com as cidades de Tianmen e Wuhan registrando as taxas de mortalidade mais altas de 5,08% e 4,06%, respectivamente.

Até o final de sábado, a província tinha 23.638 casos suspeitos, incluindo 12.918 que foram isolados. Um total de 123.827 contatos próximos foi rastreado e 70.438 estavam sob observação médica.

Mulher infectada com coronavírus dá à luz bebê sem infecção no leste da China

Hangzhou, 9 fev (Xinhua) -- Uma mulher que sofria de pneumonia causada pelo novo coronavírus deu à luz no sábado na Província de Zhejiang, no leste da China, um bebê que não está infectado.

O bebê, cujo primeiro teste de ácido nucleico associado com o novo coronavírus foi negativo, está recebendo cuidados intensivos e será analisado de novo nos próximos dias para confirmar a ausência do vírus no Hospital Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade de Zhejiang, em Hangzhou, capital da província.

"Fizemos preparativos completos logo depois que a mulher grávida chegou", disse Wang Ying, enfermeira-chefe do Primeiro Hospital Afiliado à Universidade de Zhejiang, onde ocorreu o parto.

Não há infecção cruzada em hospitais temporários, diz especialista

Wuhan, 9 fev (Xinhua) -- Não há infecção cruzada em hospitais temporários construídos em estabelecimentos públicos em Wuhan, cidade atingida pelo vírus, disse no sábado à Xinhua Wang Chen, especialista chinês em sistema respiratório.

Como os pacientes nos hospitais são todos casos confirmados do novo coronavírus, ou seja, com a mesma infecção, não existem problemas de infecção cruzada, disse Wang, que também é vice-presidente da Academia Chinesa de Engenharia e presidente da Academia Chinesa de Ciências Médicas.

Desde 3 de fevereiro, Wuhan, o epicentro do surto do novo coronavírus, vem transformando estabelecimentos públicos, incluindo centros de exposições e instalações esportivas, em hospitais temporários .

Os hospitais, que podem ser construídos em um curto período de tempo, têm uma grande capacidade de tratar pacientes com sintomas leves e desempenham um papel importante no isolamento da fonte de infecção e no corte das rotas de infecção durante a prevenção da epidemia, acrescentou Wang.

Transmissão fecal-oral do coronavírus não está confirmada, mas devem ser tomadas precauções, diz especialista

Beijing, 9 fev (Xinhua) -- Ainda é muito cedo para identificar se o novo coronavírus pode ser transmitido através do sistema digestivo, mas medidas preventivas devem ser tomadas, assinalou no sábado um especialista chinês.

Ainda é incerto se as pessoas podem ser infectadas pelo vírus ao comer alimentos poluídos ou tomar água contaminada, disse Feng Luzhao, pesquisador do Centro Chinês para a Prevenção e o Controle de Doenças.

Em uma entrevista coletiva, Feng acrescentou medidas pertinentes foram tomadas para evitar a possível transmissão fecal-oral nos testes de laboratório, manejo dos contatos próximos, proteção do pessoal especializado e desinfecção de certos espaços.

O especialista assinalou que será intensificada a pesquisa relacionada para descobrir se as pessoas podem ser infectadas ao consumir alimentos contaminados.

Segundo o que se conhece atualmente sobre o coronavírus, a transmissão via micro gotas respiratórias e por contato são as principais formas de infecção.

Hospitais temporários funcionam com capacidade máxima enquanto mais equipes médicas chegam a Wuhan

Wuhan, 9 fev (Xinhua) -- As instalações públicas que foram convertidas em hospitais temporários estão funcionando com capacidade máxima depois da chegada de mais equipes médicas a Wuhan, o epicentro do surto do novo coronavírus na Província de Hubei, no centro da China.

Novos equipamentos e suprimentos médicos chegaram a Wuhan juntos com as novas equipes médicas, incluindo a equipe médica nacional do Terceiro Hospital Xiangya da Universidade Zhongnan.

A partir do dia 3 de fevereiro, as autoridades de Wuhan transformaram estabelecimentos públicos, como centros de exposições e ginásios, em hospitais temporários. Os hospitais têm grande capacidade para tratar pacientes com sintomas leves e desempenham um papel importante no isolamento da fonte de infecção e no corte das rotas de infecção durante a prevenção da epidemia, de acordo com Wang Chen, vice-presidente da Academia Chinesa de Engenharia e presidente da Academia Chinesa de Ciências Médicas.

Wuhan designou pacientes infectados com sintomas leves nos hospitais, onde estão recebendo tratamento antiviral.

Muitos pacientes disseram que as condições melhoraram muito desde que chegaram e esperam ter uma rápida recuperação.

No Estádio Wuchang Hongshan, por exemplo, as autoridades fornecem refeições embaladas gratuitas com sobremesas, frutas e ovos.

"As condições aqui são boas", disse um dos pacientes. Funcionários distritais oferecem mais de 700 cafés da manhã para pacientes e membros das equipes médicas no distrito de Wuchang, da cidade de Wuhan.

Fora dos hospitais, a equipe médica montou tendas para armazenar equipamentos e medicamentos. Eles fazem idas e voltas entre as tendas e hospitais para fornecer serviços médicos profissionais para os pacientes. As autoridades também supervisionam a equipe para garantir que estejam adequadamente protegidas contra possíveis infecções. 

Destaque da Agencia Xinhua: Uma corrida mundial contra o coronavírus: ciência e tecnologia

Beijing, 7 fev (Xinhua) - Cientistas de todo o mundo estão trabalhando juntos para neutralizar um inimigo ameaçador para a humanidade este ano, o novo coronavírus.

Tudo, desde a pesquisa do patógeno, o sequenciamento do genoma até o teste de drogas e o desenvolvimento de vacinas, se preparou para uma corrida contra o vírus.

IDENTIFICANDO O CAUSADOR

Reconhecer o que nós seres humanos estamos lutando contra é o primeiro passo para derrotar o vírus.

Pesquisadores chineses responderam rapidamente após o surto. Eles isolaram um novo tipo de coronavírus dos primeiros pacientes, descobriram toda a sequência do genoma e a compartilharam prontamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

"A velocidade com que a China detectou o surto, isolou o vírus, sequenciou o genoma e o compartilhou com a OMS e o mundo é muito impressionante, além de palavras. Assim como o compromisso da China com a transparência e o apoio aos outros países", disse o direto-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva em Genebra no dia 30 de janeiro.

Pesquisas de acompanhamento em outros países também produziram resultados frutíferos. Cientistas australianos disseram ter obtido uma amostra do vírus de um paciente e especialistas na Itália declararam que conseguiram a separação do coronavírus.

Johan Neyts, professor de virologia da Universidade de Leuven, na Bélgica, disse à Xinhua que, desde a identificação do vírus até o desenvolvimento de uma ferramenta para testes, há tantas coisas que precisam ser feitas em um período tão curto. É como uma corrida contra o tempo.

ENCONTRANDO UMA CURA

A OMS afirmou que atualmente não existem medicamentos específicos para o novo coronavírus, e a comunidade científica mundial está trabalhando para encontrar tratamentos eficazes.

O remdesivir, um medicamento antiviral experimental desenvolvido pela empresa biofarmacêutica dos EUA Gilead Sciences, começou a chamar atenção nos últimos dias.

Um estudo publicado no final de janeiro no New England Journal of Medicine disse que os sintomas clínicos de um paciente com coronavírus diminuíram depois de tomar o medicamento.

O professor associado, Ian Mackay, do Centro Australiano de Pesquisa de Doenças Infecciosas, disse em uma entrevista à Xinhua na segunda-feira que os dados primários mostram que o efeito do novo medicamento é inspirador, mas está pendente de testes clínicos em larga escala.

Mais boas notícias vieram da Tailândia. O Ministério da Saúde Pública da Tailândia revelou um caso em seu site no dia 2 de fevereiro de que uma combinação do medicamento anti-gripe Oseltamivir e a combinação anti-HIV de Lopinavir e Ritonavir melhoraram a condição de um paciente com coronavírus após 48 horas, que deu negativo para o vírus. No entanto, a equipe médica descobriu que a terapia pode não ser eficaz para todos os pacientes, com pelo menos um caso de alergia relatado.

PESQUISA PRECISA DE PACIÊNCIA

É difícil realizar pesquisas científicas de uma hora para outra. O processo de exploração é muitas vezes tortuoso. Especialistas estão pedindo mais compreensão e paciência para com os pesquisadores científicos.

Na pesquisa da nova vacina contra o coronavírus, por exemplo, o entendimento é sempre necessário, pois o desenvolvimento da vacina geralmente leva muito tempo.

Embora seja altamente improvável que a vacina seja capaz de acompanhar o vírus no estágio inicial de sua disseminação, instituições científicas e empresas farmacêuticas globais estão ocupadas desenvolvendo vacinas com uma eficiência recorde.

Richard Hatchett, CEO da Coalizão de Inovações para a Preparação de Epidemias, disse que espera que a vacina possa ser aplicada a um teste clínico em um período de 16 semanas, mas que um teste de fase 1 pode levar de dois a quatro meses.

Comprometida em financiar e coordenar o desenvolvimento de novas vacinas, a aliança com sede na Noruega anunciou que oferecerá uma doação de 12,5 milhões de dólares americanos a três instituições para desenvolver vacinas para o novo coronavírus.

"Nosso objetivo é poder fabricar mais de 200.000 doses de uma nova vacina, demonstrar segurança e a probabilidade de eficácia e estarmos pronto para a implantação em campo em menos de seis meses", disse à Xinhua o Dr. Keith Chappell, co-líder de um projeto de vacina na Universidade de Queensland, na Austrália.

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Fonte:
Xinhua (estatal chinesa)

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