OMS prepara recomendações para retomada de voos à China
GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza uma teleconferência nesta semana com representantes do setor de viagens e turismo com objetivo de elaborar recomendações sobre a proteção de suas tripulações, para que possam retomar os vôos à China, disse nesta terça-feira uma importante autoridade da OMS.
Sylvie Briand, diretora da área de preparação mundial para riscos da OMS, também disse que as pessoas infectadas com o coronavírus devem usar máscaras, mas para outras pessoas sem sinais da doença, "as máscaras não necessariamente protegem 100%". Lavar as mãos com frequência e outras medidas de higiene são necessárias, segundo a diretora.
O surto, iniciado na cidade chinesa de Wuhan, que se espalhou pelo país e exterior, não constitui uma pandemia, mas
uma epidemia com "múltiplos focos", disse.
Até agora, 19 países notificaram formalmente a agência da ONU sobre medidas ou restrições tomadas em relação ao surto, e a OMS busca esclarecimentos sobre suas justificativas, disse Briand, sem dar mais detalhes.
"As tripulações estão realmente com medo de serem infectadas. Durante o voo, têm um contato muito próximo com os
passageiros, se sentem em risco", disse Briand em entrevista coletiva em Genebra.
"É por isso que precisamos definir recomendações específicas para essas empresas para que seus funcionários se sintam seguros e protegidos e possam voltar a voar para a China", disse.
Briand acrescentou: "Não posso garantir que eles retomarão os vôos."
A OMS está trabalhando com países e também espera um "realinhamento" entre as políticas em relação à retirada de seus cidadãos da China, disse. O vírus permaneceu "um vírus bastante estável", acrescentou.
Autoridades chinesas informaram um salto diário recorde nas mortes de 64, totalizando 425 vítimas fatais.
Os casos de infecções graves ou mortes são principalmente em pessoas com outras doenças, como câncer, diabete ou sistemas imunológicos debilitados, ou idosos, disse Briand.
Questionada por que apenas uma morte foi registrada no exterior até agora, nas Filipinas, ela disse que as pessoas que viajam provavelmente não têm idade avançada e doenças crônicas, mas são mais jovens e com boa saúde.
Wall St segue em recuperação com medidas de estímulo da China
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Operadores trabalham na Bolsa de Nova York, EUA 03/02/2020 REUTERS/Lucas Jackson
Por Medha Singh
(Reuters) - Os ganhos de pesos-pesados de tecnologia ajudavam os principais índices de Wall Street a subir pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, com nova intervenção do banco central da China acalmando os nervos dos investidores.
A China injetou 1,7 trilhão de iuanes (242,74 bilhões de dólares) por meio de operações compromissadas reversas na segunda e terça-feira. Isso ajudou as ações chinesas a reverter algumas perdas e elevava o índice MSCI de ações globais.
O estímulo melhorou o sentimento dos investidores, mesmo com vários economistas cortando suas previsões para o crescimento mundial em 2020, já que o vírus em rápida propagação tem dificultado a atividade empresarial na segunda maior economia do mundo.
"Os investidores parecem estar reagindo positivamente às medidas atualmente tomadas pelas autoridades chinesas", disse Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da National Securities, em Nova York.
Nove dos 11 principais setores de S&P subiam, liderados por um aumento de 1,7% nas ações de energia, conforme os preços do petróleo se recuperavam.
Uma alta de mais de 1,5% nas ações de Apple e Microsoft Corp ajudava o índice S&P de tecnologia a ganhar 1,8%.
Porém, Alphabet Inc. caía 3,4%, depois que os negócios de publicidade do Google e novos dados sobre o YouTube e o Google Cloud decepcionaram.
Às 12:37 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,69%, a 28.880 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 1,338906%, a 3.292 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 1,63%, a 9.424 pontos.
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