Ministério da Saúde confirma 3 casos suspeitos de coronavírus no Brasil
(Reuters) - O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira que o Brasil tem três casos suspeitos de infecção pelo nova coronavírus, localizados em Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba.
"Os pacientes se enquadraram na atual definição de caso suspeito para NCOV-2019 (o novo coronavirus), estabelecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), ou seja, apresentou febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório e viajou para área de transmissão local nos últimos 14 dias", disse o ministério em nota.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou o nível de alerta para alto em relação ao risco global do novo coronavírus, por isso, o Ministério da Saúde orienta que viagens para a China devem ser realizadas em casos de extrema necessidade. Com quase três mil casos confirmados, segundo o último boletim da OMS, todo o território chinês passa a ser considerado área de transmissão ativa da doença", acrescenta a nota.
Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou o primeiro caso suspeito no país, o de uma paciente que esteve na cidade chinesa de Wuhan, o epicentro do surto do vírus.
"Nós temos hoje um caso suspeito de uma paciente que viajou para a cidade de Wuhan até 24 de janeiro. É um caso importado, ou seja, um pessoa que veio desse local", disse o ministro em entrevista coletiva em Brasília, transmitida pela televisão.
"Ela apresentou sintomas compatíveis com o protocolo da suspeita, o estado geral dessa paciente é bom, ela se encontra estável, não tem nenhuma complicação, não há evidência ainda de que o vírus esteja, de qualquer maneira, circulando. É um caso importado, ela está em isolamento e os 14 contatos mais próximos estão sendo acompanhados", acrescentou.
Segundo Mandetta, mais de 7 mil rumores de coronavírus foram analisados pelo ministério, dos quais 127 exigiram a verificação se estavam dentro de um padrão, resultando em 1 caso suspeito.
O ministério não deu detalhes sobre os pacientes de Porto Alegre e Curitiba e tampouco informou sobre o estado de saúde de ambos.
De volta ao Brasil, após viagem à Índia, o presidente Jair Bolsonaro disse a jornalistas nesta terça que iria procurar o ministro da Saúde para se inteirar da situação no país.
"A OMS está dando grau máximo à possibilidade desse vírus se espalhar pelo mundo. Isso já aconteceu em outros momentos, como o H1N1, então temos que ficar preocupados", disse Bolsonaro. "Vou agora de manhã atrás do Mandetta tomar pé do que está acontecendo no momento."
Passageiros usam máscaras para evitar o surto de um novo coronavírus na Estação Ferroviária de Alta Velocidade West Kowloon de Hong Kong na China Tyrone - Siu/Reuters/direitos reservados
Aeroportos
Desde o fim de semana, os aeroportos brasileiros divulgam alerta da Anvisa sobre o coronavírus. A mensagem reforça procedimentos de higiene e diz que os passageiros que apresentarem sintomas relacionados ao vírus devem procurar um agente de saúde. O ministro disse que o governo também trabalha com a elaboração de material impresso em diferentes idiomas para orientar as pessoas que chegam no país sobre o que fazer para evitar contrair o vírus.
Hoje à tarde, integrantes da Anvisa se reúnem com representantes de companhias aéreas no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, para dar orientações sobre o coronavírus.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até ontem (27), foram confirmados 2.798 casos do novo coronavírus, batizado 2019-nCoV, em todo o mundo. A maior parte na China (2.761), incluindo a região administrativa de Hong Kong (8 casos confirmados), Macau (5) e Taipei (4).
Fora do território Chinês foram confirmados 37 casos. Destes, 36 apresentaram histórico de viagem à China, dos quais 34, estiveram na cidade de Wuhan ou algum vínculo com um caso já confirmado. Desse total, os Estados Unidos e a Tailândia registraram cinco casos cada; quatro casos foram registrados no Japão, Cingapura, Austrália, Malásia e a Coreia do Sul. A França registrou três casos, o Vietnam dois, e o Canadá e Nepal um caso cada.
Nesta terça, representantes do Ministério da Saúde vão participar de uma reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema. Na próxima semana, Mandetta disse que vai se reunir com os secretários estaduais de Saúde e os secretários de Saúde das capitais também para detalhar as ações tomadas pelo governo.
Coronavírus: número de mortes chega a 132 na China; 5,9 mil já foram infectadas
O número de mortos pelo novo coronavírus na China chegou a 132, segundo informe divulgado na noite desta terça-feira, 28, pelo governo chinês. De acordo com o boletim, 5.974 já foram infectadas, a maioria na província de Hubei, onde fica Wuhan, epicentro do surto.
Em apenas um dia, o número de óbitos confirmados cresceu 24%, passando de 106 na segunda-feira para 132 nesta terça. O número de infectados, por sua vez, saltou 32% - no último balanço, eram 4.515 registros da infecção.
Além da China, 14 países já registraram casos de pneumonia pelo novo coronavírus. Em três deles (Alemanha, Japão e Vietnã), foram notificados registros em pessoas que não estiveram na China, o que indica transmissão local também fora do país asiático.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira que investiga os primeiros três casos suspeitos da doença - em Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Os três pacientes estiveram na China recentemente e têm sintomas da doença, como febre, tosse e dificuldade para respirar.
Eles estão isolados aguardando o resultados dos exames que confirmarão ou não a infecção. Pessoas que tiveram contato com os pacientes também estão sendo monitoradas. As conclusões dos testes devem ser divulgadas até o fim da semana.
Diante dos casos suspeitos, o Ministério da Saúde elevou de 1 para 2 o nível de alerta no País (a escala vai até 3). Agora, o Brasil classifica a situação como perigo iminente de entrada do vírus no País. O nível 3 será declarado caso alguma infecção suspeita seja confirmada. Caso isso ocorra, o governo poderá declarar emergência em saúde pública.
Hong Kong desenvolve vacina para Coronavírus, mas testes levam tempo; mercado busca recuperação
Foto: AFP
O site chinês de notícias South China Morning Post informou, nesta terça-feira (28), que pesquisadores de Hong Kong já desenvolveram uma vacina contra o coronavírus, porém, ainda precisam de um pouco mais de tempo para testá-la. A informação parte do professor Yuen Kwok-yung, especialista em doenças infecciosas.
"Já produzimos a vacina, mas levará muito tempo para testar em animais", disse Yuen, completando com a afirmação de que os testes em humanos antes de que a vacina seja usada também ainda demora, pelo menos, mais um ano.
Ainda de acordo com a publicação local, o professor disse que sua equipe já vinha trabalhando na vacina e já havia isolado o vírus anteriormente antes mesmo de ter sido confirmado o primeiro caso.
Para testar a vacina, ela precisaria ser injetada em um animal para verificar se produz uma boa resposta imune, segundo explicou Yuen, e na sequência, o animal vacinado seria então exposto ao vírus para ver se está protegido.
Foto: National Microbiology Data Centre
Nesta terça-feira, o presidente Xi Jinping se comprometeu, mais uma vez, com extrema transparência de seu governo com a crise e disse que o coronavírus é um "demônio" que tem ameaçado a saúde global. "Essa epidemia é um demônio e não podemos deixá-lo crescer", disse.
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