Soja: Com impactos do acordo ainda muito incertos, Chicago tem novo dia de baixas nesta 5ª
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem operando em campo negativo nesta quinta-feira (16), depois das baixas intensas da sessão anterior e da assinatura da fase um do acordo comercial entre China e Estados Unidos, que aconteceu ontem.
O mercado recebeu os termos adotados pelos dois países ainda com alguma dúvida, principalmente no caso da soja, quais os efeitos práticos que poderão ser sentidos pelos preços e pela demanda chinesa no mercado americano.
"O pacote Fase 1 do acordo comercial EUA/China mostrou volume total de Us$ 32 bilhões, acima do patamar de 2017 nos dois próximos anos para produtos agrícolas americanos à China, o que traduz em uma média total aproximado de US$ 40 bilhões por ano. Mas, sem detalhes sobre quanto isto significa em soja, traders ficaram na defensiva", explica Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.
Assim, por volta de 12h (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 3,75 e 4,50 pontos nos principais contratos, levando o março a US$ 9,24 e o maio, US$ 9,37 por bushel.
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Há diversos tipos de análise sobre os efeitos possíveis deste acordo para o mercado brasileiros de soja. Por hora, as cotações encontram suporte no dólar ainda acima dos R$ 4,00, na demanda ainda presente por aqui - com a competitividade mantida para o produto brasileiro - e prêmios mostrando ainda alguma consistência.
"O mercado já está favorecendo o Brasil", afirmou o analista de mercado Michael McDougall, da Paragon à agências de notícias. "A maior parte das compras chinesas viria do setor privado, e ele não vai operar no prejuízo. É meio irônico que os EUA estão tentando limitar o favorecimento das companhias estatais, uma vez que, se saírem compras mesmo, elas devem vir das estatais para aumentar estoques", completou.
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