Nas exportações em novembro, carne suína tem faturamento 46% maior em comparação a outubro; frango foi 6% superior
Resultados preliminares para o mês de novembro das exportações brasileiras mostram que, apesar do resultado do frango ter sido superior, as progressões de aumento das exportações têm sido protagonizadas pela carne suína. Em novembro, comparando com outubro deste ano, enquanto o faturamento com a carne suína foi 46% maior, a de frango foi 6% superior no período.
De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até o 20º dia útil de novembro, foram exportadas 57,6 mil toneladas de carne suína in natura, com faturamento de US$ 138,4 milhões, US$ 2.405,3 milhões por tonelada. Isso equivale a uma média diária embarcada de 2,9 mil toneladas e US$ 6,9 milhões por dia.
Em relação a outubro deste ano, a quantidade de carne suína exportada por dia teve aumento de 5,9% e 7,6% a mais no faturamento. Se comparar com o novembro de 2018, o incremento na quantidade exportada foi 12,8% maior e o valor, 46,6% superior.
Quando comparados os resultados das duas proteínas no mês de novembro deste ano, a carne de frango leva o jogo. Foram 309,2 mil toneladas de carne de frango embarcadas até o 20º dia útil de novembro, contra 57,6 mil toneladas da suína. Em se tratando de faturamento, para as vendas da ave no exterior foram US$ 492,8 milhões de dólares, e para a carne suína, US$ 138,4 milhões.
De acordo com o analista de mercado da Radar Investimentos, Douglas Coelho, a razão para estes números é que a China, assolada por um surto de Peste Suína Africana que dizimou quase metade do plantel, precisa desesperadamente de proteína animal.
-- "O país asiático precisa das três proteínas de forma geral (bovina, suína e de frango), mas a de frango é a mais barata, que tende a ser mais demandada diante das condições de aperto na Ásia", explica.
No final de setembro deste ano, em entrevista ao Notícias Agrícolas, Wienfried Mathias Leh, produtor de carne suína e diretor do grupo Leh's de Guarapuava, PR, adiantou que muito em breve haveria um grande "boom" de consumo de frango na Ásia, obrigndo a população chinesa à mudança de hábito alimentar. O segmento da carne de frango e seus derivados, beneficiados diretos pela demanda asiática, impactariam as granjas brasileiras.
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O presidente da presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, também adiantou o cenário no início de outubro. A estimativa dele à época era que as exportações de carne suína brasileira iriam aumentar de 670 mil toneladas para 750 mil toneladas. Já para o setor de frango, o aumento nas exportações seria de 4 milhões de toneladas para 4,3 mi. de toneladas.
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A carne de frango in natura também teve bom desempenho segundo os dados preliminares de novembro de 2019, entretanto, ao contrário da proteína suína, os resultados foram melhores comparando com o mês de outubro do que com novembro de 2018.
As informações do Ministério são de que até o 20º dia útil do mês passado, haviam sido exportadas 309,2 mil toneladas, uma média embardacada de 15,5 mil toneladas por dia. Em termos de faturamento, em novembro foram US$ 492,8 milhões, US$ 1.593,7 por tonelada.
Relacionando com o mês de outubro, o aumento no volume das exportações do produto foi 7,8% maior, o faturamento 8,4% superior e ligeira alta de 0,5% no preço por tonelada.
No comparativo com novembro de 2018, o volume de embarque foi 4,2% maior, e o faturamento, 6% superior.
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