Desempenho do frango vivo em novembro e nos 11 primeiros meses de 2019
Cotado, na média, por valor próximo de R$3,23/kg, o frango vivo comercializado no interior de São Paulo completou em novembro o sexto mês consecutivo de preços decrescentes.
É verdade que, no quadrimestre decorrido entre julho e outubro, sua cotação permaneceu inalterada em R$3,30/kg. Mas a inflação corroi diuturnamente os valores nominais. Assim, a cotação mensal aparentemente estável foi também decrescente.
Porém, independente disso, novembro foi encerrado com um valor que superou, apenas, o que foi registrado nos dois primeiros meses deste ano (até o valor alcançado em março, à primeira vista igual ao de novembro, foi ligeiramente superior).
Essa, porém, é uma questão de somenos. Porque, durante todo o transcorrer de novembro, grande parte dos negócios efetivados com a ave viva esteve sujeita a descontos que, na segunda metade do mês, chegaram a superar 20% da cotação então vigente. Ou seja: na prática, a remuneração recebida retrocedeu a valores (nominais) que não eram registrados desde os primeiros meses de 2018.
Ignorada essa circunstância, o frango vivo completou os 11 primeiros meses de 2019 com um valor médio – R$3,27/kg – quase 18% superior ao de idêntico período de 2018. Porém, o mais curioso a registrar é que – considerado o preço médio registrado no ano passado – retornou em novembro a, praticamente, o mesmo índice observado em sua curva de preços sazonal (média registrada nos 24 anos decorridos entre 1995 e 2018), fato demonstrado no gráfico inferior.
Tal fato, porém, apenas ressalta uma constatação: pelo menos no interior paulista, o frango vivo apresentou comportamento absolutamente oposto ao do boi e do suínos vivos e até mesmo da própria carne de frango, seu desempenho sendo totalmente desconexo em relação à valorização obtida pelas carnes no mês. Por quê?
Está claro que o frango vivo paulista deixou de ser aquele eficiente indicador de mercado (não só para a ave viva, mas também para a abatida), ao mesmo tempo em que deixa de ser referência para outros estados ou regiões do país. Porque, em essência, representa parcela mínima do que é abatida diariamente em São Paulo – resultado, apenas, do fortalecimento da produção integrada.
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