Ovos: preços devem ficar estáveis até o fim do ano, mas o jogo pode virar em 2020
Com a alta nos preços das carnes bovina, suína e de frango, pode haver valorização do ovo no ano que vem, de acordo com analistas. A justificativa é que o produto é a proteína animal mais barata, e pode acabar atraindo a demanda da população.
Entretanto, segundo Douglas Coelho, analista de mercado da Radar Investimentos, até o final deste ano, a procura pelas carnes devem se manter devido ao maior poder aquisitivo da população e as festividades de fim de ano, e as cotações devem permanecer bem sustentadas.
-- "O ovo é mais em conta para a população, e não faz frente nem para os cortes mais baratos de carne de frango, com a carne suína, nem com o dianteiro do boi", explica.
Entretanto, até o final deste ano, a procura pelas carnes devem se manter devido ao maior poder aquisitivo da população e as festividades de fim de ano, e as cotações devem permanecer bem sustentadas.
De acordo com ele, o consumo de ovos segue o padrão normal nesse período de fim de ano, mas se os preços das carnes continuarem elevados nos próximos meses, de janeiro a abril, época em que a renda disponível é mais curta, o consumo deve migrar para o ovo, e o preço dos ovos deve ficar mais sustentado.
Segundo análise divulgada pelo site Mercado do Ovo nesta quarta-feirA (27), mesmo com o cenário positivo, os precos seguem estáveis, e os compradores estão esperando uma recuperacão nos preços de ovos, diante dos acontecimentos com as outras proteínas.
EXPORTAÇÕES
Os embarques brasileiros de ovos in natura aumentaram significativamente em outubro, ajudando a reduzir o excedente do produto no mercado doméstico, segundo dados do Cepea/esalq. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas aproximadamente 272,7 toneladas da proteína no mês passado, volume 99,6% superior ao de setembro, mas 71,3% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
No mercado interno, os preços se mantiveram estáveis ou registraram leves recuos, mesmo com a redução da oferta. Segundo colaboradores do Cepea, apesar do melhor desempenho das vendas neste início de mês, a pressão de compradores por descontos impediu a valorização da proteína.
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