Preços dos alimentos consumidos em casa caem pelo 6º mês consecutivo, avalia CNA
Os preços dos alimentos consumidos em casa apresentaram queda pelo sexto mês consecutivo. Depois de cair 0,70% em setembro, a baixa foi de 0,03% em outubro. Os dados foram divulgados na quinta (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), embora a variação dos preços tenha sido de apenas -0,03%, alguns produtos apresentaram alterações expressivas, justificadas por movimentos de mercado.
Os preços dos alimentos que mais reduziram em outubro foram a cebola (-20,84%), o mamão (-16,13%), a cenoura (-9,27%), a batata-inglesa (-9,06%) e a manga (-6,35%).
De acordo com o Comunicado Técnico da CNA, apesar da queda média dos preços dos alimentos consumidos no domicílio, alguns produtos observaram altas no período, como as carnes. O aumento de 1,77% nos preços internos da carne bovina está associado ao incremento de 3,1% no preço da arroba do boi gordo.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) global subiu apenas 0,10%, a menor taxa para o mês de outubro desde 1998.
Já no acumulado de 12 meses, o IPCA está em apenas 2,54%, depois de fechar setembro a 2,89%. Segundo documento da Confederação, a expectativa do mercado é que esse indicador encerre o ano em 3,30%, valor acima do piso da meta de inflação de 2019 (2,75%) e 1 ponto percentual abaixo do centro da meta, que é de 4,25%.
O assessor técnico do Núcleo Econômico da CNA, Paulo André Camuri, afirmou que o ritmo lento de reajuste de preços tem influenciado nas decisões do Comitê de Política Monetária (COPOM) de alongamento do ciclo de redução da taxa de juros Selic.
“Até junho de 2019, a expectativa dos agentes de mercado era de que a Selic encerraria o ano a 6,5%. Entretanto, com a divulgação do IPCA de maio de 2019, as expectativas para a taxa também voltaram a cair até a mediana atual 4,5%. Ou seja, como a Selic está em 5% ao ano, o mercado espera uma nova redução de 0,5 pontos percentuais ainda em 2019”, explicou Paulo.
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