Café arábica cai pelo 4º dia seguido em NY com exportação recorde de 5 anos em setembro
Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (09) com leves baixas na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Esse é o quarto recuo seguido. Operadores ainda acompanham a safra brasileira e agora dados de exportação do país.
O vencimento dezembro/19 teve baixa de 25 pontos, a 95,45 cents/lb, e o março/20 anotou 99,10 cents/lb com 25 pontos de perdas. O maio/20 recuou 25 pontos, a 101,40 cents/lb e o julho/20 teve desvalorização de 25 pontos, a 103,60 cents/lb.
O mercado externo do arábica estende perdas dos últimos ainda atento às informações de floradas no Brasil, maior produtor de café do mundo, além da divulgação nesta quarta-feira de dados da exportação brasileira em setembro.
"Os preços do café fecharam em baixa nesta quarta-feira com arábica com vencimento para dezembro/19 em mínimas de um mês por conta de um otimismo com a oferta", destacou o site internacional Barchart dando referência às exportações mais altas.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) reportou nesta quarta que os embarques de café em setembro totalizaram 3,2 milhões de sacas de café verde, solúvel e torrado & moído. É o maior volume no período em cinco anos. A receita cambial gerada pelas exportações no mês passado foi de US$ 410,3 milhões.
"Os volumes de café exportados em setembro registraram o melhor resultado do mês nos últimos cinco anos. O desempenho no acumulado dos últimos 12 meses também marca um incremento muito significativo das vendas para o exterior, alcançando cerca de 42,2 milhões de sacas", afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
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» Café: Brasil exporta 3,2 mi sacas em setembro; melhor resultado em 5 anos
Operadores no mercado externo do arábica também acompanham de perto as floradas no Brasil. Consultorias visitaram nos últimos dias áreas de café em Minas Gerais, maior estado produtor, e os relatos são de florada excepcional, segundo o Barchart.
Alysson Fagundes, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, no entanto aponta que "se você for na lavoura e olhar de perto vai perceber esse problema [da irregularidade entre flores completas e outras sem finalizar a abertura]", disse o especialista ao Notícias Agrícolas.
O câmbio contribui para as leves perdas no terminal externo. Às 16h57, o dólar comercial tinha alta de 0,10%, cotado a R$ 4,096 na venda, acompanhando expectativas de corte na taxa Selic. O dólar impacta diretamente nas exportações.
Mercado interno
O dia no mercado físico do café arábica foi de preços estáveis a baixos nesta quarta-feira. A liquidez segue bastante baixa e com produtores indo às praças de comercialização apenas quando precisam fazer caixa para a safra 2019/20.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,11% e saca a R$ 445,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 435,00 – estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas (MG) com recuo de 0,49% e saca a R$ 410,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 425,00 – estável. A maior variação ocorreu na Média Rio Grande do Sul com queda de 1,18% e saca a R$ 420,00.
Na terça-feira (08), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 415,74 e queda de 1,12%.
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