Reservas cambiais da China em setembro caem para US$ 3,092 tri, diz Reuters

Publicado em 04/10/2019 16:45 e atualizado em 06/10/2019 16:46

PEQUIM (Reuters) - As reservas cambiais da China caíram mais que o esperado em setembro, apesar de o iuan se recuperar de sua maior queda mensal em 25 anos em agosto, em meio a um resfriamento da economia doméstica e crescentes tensões comerciais entre China e Estados Unidos.

As reservas cambiais do país, as maiores do mundo, caíram 14,8 bilhões de dólares em setembro, indo para 3,092 trilhões de dólares, de acordo com dados deste domingo da reguladora de câmbio do país.

Economistas consultados pela Reuters haviam esperado que as reservas caíssem em 6 bilhões de dólares em relação a agosto, indo a 3,101 trilhões.

A queda em setembro aconteceu devido a flutuações nas taxas de câmbio e no preço de ativos, afirmou a reguladora em comunicado após a divulgação dos dados.

Olhando para frente, incertezas no ambiente internacional econômico e financeiro irão aumentar, com desaceleração da economia global, e protecionismo comercial e unilateralismo em crescimento, de acordo com o comunicado. A volatilidade nos mercados financeiros internacionais irá aumentar.

A China tem sido capaz de manter fluxo de capitais sob controle ao longo do último ano, apesar de uma crescente guerra comercial com os EUA e enfraquecimento do crescimento econômico.

Reservas se recuperaram de uma baixa em outubro de 2018 graças a controles de capital e crescentes investimentos estrangeiros em ações e títulos chineses.

(Reportagem de Huizhong Wu, Hallie Gu and Judy Hua)

Soldados chineses em Hong Kong fazem alerta a manifestantes em meio a agitações

 
Manifestantes antigovernamentais quebram uma janela na entrada de uma estação de metrô, em Hong Kong
  • Manifestantes antigovernamentais quebram uma janela na entrada de uma estação de metrô, em Hong Kong 06/10/2019 REUTERS

HONG KONG (Reuters) - Os soldados chineses emitiram um alerta a manifestantes em Hong Kong neste domingo, que lançaram lasers em seus quartéis na cidade, na primeira interação direta com forças militares do continente em quatro meses de manifestações antigovernamentais.

O impasse com o Exército de Libertação Popular ocorreu depois que comícios com dezenas de milhares de manifestantes neste domingo terminaram em confrontos violentos em vários locais. A polícia disparou gás lacrimogêneo contra a multidão, enquanto alguns manifestantes jogaram tijolos e bombas de gasolina na polícia quando a noite caiu.

Os manifestantes esconderam seus rostos, desafiando as leis de emergência da era colonial, invocadas pelas autoridades na sexta-feira, que proibiram máscaras faciais. Os manifestantes enfrentam no máximo um ano de prisão por violar a proibição das máscaras.

A polícia fez suas primeiras prisões sob as novas regras, detendo dezenas de pessoas. Os policiais amarraram os pulsos com cabos e desmascararam o rosto antes de colocá-los nos ônibus. Alguns manifestantes estavam em posição fetal no chão, com os pulsos amarrados nas costas, depois de serem subjugados com spray de pimenta e cassetetes.

"A lei anti-máscara apenas alimenta nossa raiva e mais pessoas vão para a rua", disse Lee, um estudante universitário de máscara azul, neste domingo, enquanto marchava na ilha de Hong Kong.

"Não temos medo da nova lei, continuaremos lutando. Lutamos pela justiça. Coloquei a máscara para dizer ao governo que não tenho medo de tirania".

A guarnição militar chinesa de Hong Kong alertou uma multidão de algumas centenas de manifestantes de que eles poderiam ser presos por atingirem seus muros de quartéis na cidade com luzes laser. Foi a primeira interação direta entre o Exército de Libertação Popular e os manifestantes.

Hong Kong proíbe uso de máscaras em manifestações violentas (Xinhua)

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A chefe do Executivo da RAEHK Carrie Lam em uma coletiva de imprensa em Hong Kong, sul da China, em 4 de outubro de 2019.(Xinhua)

Hong Kong, 4 out (Xinhua) -- O governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) estabeleceu nesta sexta-feira uma lei anti-máscara, em seu mais novo esforço para terminar a violência prolongada no local.

A chefe do Executivo da RAEHK, Carrie Lam, disse em uma coletiva de imprensa que o governo invocou o poder previsto no Decreto de Regulamentos de Emergência e promulgou uma nova regra que proíbe a cobertura do rosto, para "criar um efeito dissuasivo contra os manifestantes e desordeiros mascarados e violentos".

A proibição, designada a terminar com a violência e restaurar a ordem, entra em vigor à meia-noite desta sexta-feira, apontou Lam.

A ação adiciona Hong Kong à lista de países e regiões que possuem legislações anti-máscara, incluindo França, Canadá e vários estados norte-americanos. No Canadá, violadores da lei anti-máscara durante um tumulto ou aglomeração ilegal enfrentam até dez anos de prisão.

As inquietações se prolongam por mais de três meses em Hong Kong. Os manifestantes radicais, geralmente vestidos em preto e usando máscaras, bloquearam e colocaram fogo nas ruas, danificaram estações de metrô e atacaram a polícia, os cidadãos e os negócios.

Os defensores da proibição alegam que as máscaras foram usadas por desordeiros para esconder suas identidades e escapar de penalidades legais durante a inquietação prolongada, levando a um nível mais alto de agressão por parte deles.

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Desordeiros impedem trânsito no leste da Rua da Rainha em Hong Kong, sul da China, em 15 de setembro de 2019. (diz Xinhua)

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Fonte:
Reuters

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