Ibovespa tem leve recuo no dia, mas fecha setembro positivo
Por Peter Frontini
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista gravitou em torno da estabilidade durante a maior parte da sessão desta segunda-feira, com investidores adotando cautela diante das negociações comerciais entre EUA e China e ainda acompanhando o andamento das reformas no front doméstico.
O Ibovespa caiu 0,32%, a 104.745,32 pontos. A exemplo das últimas sessões, o giro financeiro foi discreto, com apenas 13,084 bilhões de reais.
Em setembro, o índice avançou 3,57%, o que garantiu o quinto trimestre seguido de alta, ganhando 3,74%.
No fim de semana, a China afirmou que o vice-premiê, Liu He, vai liderar a delegação chinesa nas negociações nos EUA na próxima semana, enquanto o assessor comercial da Casa Branca chamou de 'fake news' nesta segunda-feira notícias de que o governo dos EUA considerava deslistar empresas chinesas das bolsas norte-americanas.
"Investidores seguem na expectativa para uma nova rodada de negociações entre os países, marcada para 10 de outubro", destacou a equipe da Ágora Investimentos em nota a clientes.
Agentes do mercado norte-americano não se abalaram pelas notícias de que o presidente dos EUA, Donald Trump, estava pensando em deslistar ações de empresas da China de bolsas nos EUA. Ajudando ainda mais o sentimento, o assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, negou as afirmativas das notícias e as classificou como "fake news".
O S&P 500 avançou 0,5% na sessão.
Aqui, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a votação em primeiro turno da reforma da Previdência no plenário do Senado deve ocorrer na terça-feira depois de ser aprovada pela CCJ da Casa.
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa do mercado para a taxa Selic no fim de 2019 foi reduzida a 4,75%. Para 2020, a expectativa geral para a Selic seguiu em 5%, mas o Top-5 cortou mais a previsão, de 4,75% para 4,5%.
DESTAQUES
- BANCO DO BRASIL subiu 0,33%, destoando do setor. ITAÚ UNIBANCO cedeu 1,41%, BRADESCO caiu 1,68% e SANTANDER recuou 1,09%.
- EDP BRASIL ON valorizou-se 2,56%, em sessão positiva do setor elétrico. A exceção foi ELETROBRAS com a PNB fechando em queda de 0,31%, tendo de pano de fundo notícias recentes sugerindo um processo complicado para a aprovação na capitalização da empresa no Senado.
- SABESP ON ganhou 2,37%. Analistas do BB Investimentos destacaram em relatório que o novo marco legal do setor de saneamento deve reduzir barreiras à concorrência e estimular o ingresso de capital privado. "Apesar de pontos críticos ainda não solucionados, enxergamos pontos positivos às empresas listadas do setor."
- IGUATEMI ON avançou 1,28%. A empresa de shopping centers anunciou a venda fracionada de terreno torre residencial em empreendimentos em Sorocaba (SP) e São José do Rio Preto (SP).
- SUZANO ON cedeu 0,30%, tendo de pano de fundo um ambiente ainda desafiador para os preços de celulose. Na semana passada, analistas do Credit Suisse afirmaram que continuavam preocupados com o excesso de estoque no setor de celulose de fibra curta, o que torna menos provável um cenário de recuperação de preço relevante.
- CSN ON perdeu 1,12%, em dia mais fraco para siderúrgicas. USIMINAS PNA perdeu 2,38%. GERDAU PN, porém, avançou 1,00%. O conselho da companhia autorizou a contratação de um 'Credit Agreement' de até 800 milhões de dólares. Ainda no setor, VALE ON subiu 0,19%.
- PETROBRAS PN recuou 0,40%, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no mercado externo.
Wall St avança com apoio de Apple, Microsoft e alívio em preocupações comerciais
- Por Noel Randewich
(Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos fecharam em alta nesta segunda-feira, apoiados por ganhos de Apple, Microsoft e Merck, com investidores deixando de lado os temores causados pela guerra comercial entre EUA e China.
O Dow Jones fechou em alta de 0,36%, a 26.916,83 pontos. O S&P 500 avançou 0,50%, para 2.976,73 pontos, enquanto o Nasdaq Composto subiu 0,75%, para 7.999,34 pontos.
As ações da Apple subiram 2,4%, depois de o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, afirmar a um jornal alemão que as vendas do novo iPhone tiveram um forte início, enquanto o JPMorgan elevou sua estimativa para os volumes de embarques. A Apple está enfrentando dificuldades para reverter o encolhimento nas vendas do iPhone em meio à fraca demanda global por smartphones.
Também ajudado por uma alta de 0,9% nas ações da Microsoft, o índice de tecnologia do S&P 500 avançou 1%, liderando os ganhos ante os demais setores.
O entusiasmo em Wall Street ganhou impulso adicional após o assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, refutar notícias de que o governo Trump estaria considerando a deslistagem de empresas chinesas das bolsas de valores norte-americanas, ao que Navarro classificou como "fake news".
Preocupações relacionadas a essas notícias haviam levado S&P 500 e Nasdaq para mínimas de mais de três semanas na sexta-feira.
Empresas chinesas listadas nos EUA, Alibaba e Baidu avançaram 0,8% e 1,5%, respectivamente.
(Reportagem adicional de Medha Singh e Sruthi Shankar, em Bengaluru)
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