Café arábica cai pela segunda sessão seguida em NY nesta 2ª feira e set/19 vai a 91 cents/lb
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou a sessão desta segunda-feira (19) com quedas de mais de 150 pontos. A variedade teve mais um dia de atenção ao câmbio e peso de informações da oferta.
O vencimento setembro/19 encerrou o dia com queda de 170 pontos, cotado a 91,15 cents/lb e o dezembro/19 anotou 94,80 cents/lb com perdas de 155 pontos. O março/20 caiu 150 pontos, a 98,40 cents/lb e o maio/19 perdeu 150 pontos, a 100,80 cents/lb.
O mercado na ICE acompanha neste início de semana as oscilações do dólar ante o real, além das informações da oferta. "Um real mais fraco estimula a venda para exportação pelos produtores de café do Brasil", destaca o Barchart.
Às 15h09, o dólar comercial tinha alta de 1,39%, cotado a R$ 4,059 na venda, acompanhando movimentações no exterior e em processo de ajustes. Na sexta-feira, a divisa havia subido pela quinta semana seguida com avanço de 0,34%, a R$ 4,0037.
"Estamos passando por um momento de ajuste técnico. O mercado está um pouco sem rumo, e isso tende a resultar em volatilidade diante dos sinais mistos vindo do exterior", disse para a Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital.
Ainda de acordo com o site internacional Barchart, operadores no terminal externo também repercutem dados da oferta. "A oferta de café está aumentando e continua a derrubar os preços do grão", complementou.
A Green Coffee Association divulgou na última quinta-feira (15) que os estoques de café verde dos Estados Unidos, um dos maiores compradores do café brasileiro, aumentaram 3,8% de um ano para o outro, a 7,099 milhões de sacas em julho.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) destacou na última semana que floradas da safra 2020/21 já começam a ser registradas sobre áreas de arábica do Brasil. Produtores de conilon também informam o evento no Espírito Santo.
Mercado interno
Os últimos dias foram de calmaria para as negociações de café no Brasil. Os preços recuaram na semana passada em várias praças de comercialização por conta das desvalorizações externas e o produtor segue afastado.
"No Brasil, o mercado permanece comprador e aparecem interessados para todos os lotes postos a venda, mas nas bases de preço que oferecem encontram poucos cafeicultores dispostos a fechar negócio", destacou o Escritório Carvalhaes.
Na sexta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 404,98 e queda de 1,01%.
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