Café arábica encerra 2ª-feira com quedas de até 425 pts em NY
Nesta segunda-feira (08), todas as principais cotações do mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) encerraram em queda, sendo a queda mais expressiva a de 425 pontos para o vencimento setembro/19.
Julho/19 encerrou com queda de 390 pontos, a 105,55 cents/lb. Para setembro/19, a queda foi de 425 pontos, a 106,85 cents/lb. Março/20 teve queda de 400 pontos, a 114,30 cents/lb e Julho/20, queda de 370 pontos, a 118,30 cents/lb.
Assim como o Notícias Agrícolas reportou anteriormente, a Reuters também destaca que o mercado do café foi afetado por conta das geadas que atingiram os cafezais do Sul de Minas, bem como áreas de cana de açúcar e de milho safrinha também foram atingidas no país.
Entretanto, de acordo com diversos agronomistas consultados pela agência, os impactos nestas áreas ainda serão medidos e só poderão ser apresentados dentro de 10 dias. Para o Brasil, que está no meio da colheita do café, qualquer impacto poderia ser sentido apenas na próxima safra, que é esperada como uma safra recorde pelos traders.
Embora inúmeras imagens estejam sendo publicadas nas redes sociais, Vanusia Nogueira, chefe da BSCA, diz à Reuters que é preciso ter cuidado "já que é difícil identificar se essas imagens são recentes e se as geadas foram amplas ou localizadas".
Por volta das 16h58, o dólar comercial era cotado a R$3,8055.
Mercado interno
O café tipo 4/5 teve queda em todas as praças analisadas, sendo a mais expressiva a queda de -4,44% em Franca (SP), a R$430,00.
Para o tipo 6 duro, a queda mais expressiva se deu em Lajinha (MG), de -4,55%, a R$420,00. As demais praças também apresentaram queda ou estabilidade.
Já o café tipo cereja descascado teve queda de -3,51% em Guauxupé (MG), a R$468,00 e alta de 1,08% em Lajinha (MG), a R$470,00.
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Brasil exporta volume recorde de café verde na safra 2018/19
SÃO PAULO (Reuters) - Os agricultores brasileiros embarcaram um recorde de 37,12 milhões de sacas de 60 kg de café verde no ano-safra de 2018/19, encerrado em junho, cerca de 38,1% a mais que na safra anterior, com a ampla oferta após a maior produção da história impulsionando o comércio.
De acordo com relatório divulgado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) nesta segunda-feira, as exportações de café verde em junho totalizaram 2,58 milhões de sacas, ou 13,6% a mais que em igual período do ano passado.
Áreas de café e cana no Brasil têm registro de geadas; empresas avaliam impactos
SÃO PAULO (Reuters) - Geadas foram registradas em diversas áreas agrícolas no Brasil durante o fim de semana, incluindo regiões produtoras de café e cana-de-açúcar, com cooperativas e empresas ainda avaliando os eventuais impactos sobre a produção.
Cana, café, trigo e o milho safrinha, plantado tardiamente, são as culturas mais vulneráveis nas regiões sul e sudeste do Brasil, onde as geadas foram relatadas, após o país ter sido atingido pela mais intensa massa polar vista neste ano.
Empresas de açúcar e cooperativas de café enviaram agrônomos a campo para uma melhor avaliação da situação. A produtora de açúcar e etanol São Martinho disse que 12.000 hectares de seus canaviais foram atingidos por geadas. A companhia, no entanto, disse que espera que eventuais perdas na produção sejam pequenas.
A cooperativa de café Minasul, no principal Estado produtor, de Minas Gerais, afirmou que as geadas atingiram principalmente áreas baixas e montanhas. "Ainda estamos avaliando, mas parece claro que haverá algum impacto na produção", disse à Reuters nesta segunda-feira o presidente da Minasul, José Marcos Magalhães.
Uma melhor avaliação sobre os impactos em áreas de café e cana-de-açúcar provavelmente levará alguns dias.
O Brasil está no meio da colheita do café, e qualquer impacto seria sentido apenas na safra do ano que vem. Os comerciantes estavam esperando uma safra recorde em 2020, quando o país retorna à bienalidade positiva em seu ciclo de arábica. Mas ainda não está claro se a produção pode superar o recorde de 2018, de quase 62 milhões de sacas de 60 kg.
A Rural Clima, uma empresa de serviços meteorológicos que atende agricultores e cooperativas, disse que as geadas foram mais fortes no sul, nas áreas de milho e cana do Paraná, mas fazendas em estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais também foram afetadas.
"Para o café, parece que os campos novos sofreram mais, assim como as partes mais altas das árvores adultas", disse Ludmila Camparotto, uma agrometeorologista da Rural Clima.
Ela disse que os produtores de café podem cortar o topo das plantas para eliminar partes queimadas, preservando a parte inferior das árvores na esperança de recuperação para a próxima safra.
"O milho plantado mais tardiamente no Paraná, plantado por volta de março, pode ter problemas", acrescentou ela, referindo-se aos campos ainda em fase reprodutiva.
Numerosas fotos de plantações atingidas pela geada foram postadas nas redes sociais nesta segunda-feira.
"Mas é preciso ter cuidado com isso; é difícil avaliar se todas essas imagens são recentes e se as geadas foram generalizadas ou apenas localizadas", disse Vanusia Nogueira, chefe da associação brasileira de cafés especiais BSCA.
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