Café arábica testa recuperação em NY nesta 2ª após perdas de quase 5% na semana passada
Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (17) com leve alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado do grão oscilou dos dois lados da tabela durante o dia, mas reagiu tecnicamente depois de baixas recentes e atenta com a safra brasileira.
Os lotes com vencimento julho/19 fechou o dia com alta de 5 pontos, a 96,05 cents/lb, o setembro/19 anotou 98,25 cents/lb com ganhos de 20 pontos. O contrato dezembro/19 avançou 15 pontos, a 101,90 cents/lb e o março/20 teve 105,50 cents/lb e 15 pontos positivos.
O mercado do arábica na ICE oscilou no dia entre máxima de 98,90 cents/lb e mínima de 97,10 cents/lb, segundo dados da Investing. A sessão foi marcada por ajustes técnicos depois de queda de quase 5% na semana passada acompanhando a colheita no Brasil.
"A colheita está avançando no Brasil. Informações indicam que os rendimentos não são altos e que a qualidade é baixa por conta das condições climáticas no desenvolvimento", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Os trabalhos dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) chegaram a 26,65% até o dia 7 de junho. A colheita está mais avançada ante os anos anteriores. A expectativa é que a produção de 7,6 milhões de sacas.
O site internacional Barchart destaca que, apesar da alta no dia, as previsões são de que o tempo ainda deve continuar seco em áreas produtoras do Brasil. Com essa condição, a colheita no país deve ganhar ritmo, além de favorecer a secagem.
"A empresa de meteorologia Rural Clima previu na terça-feira "condições climáticas ideais" para o Centro e Sudeste do Brasil durante pelo menos nos próximos 10 dias, que permitirão aos agricultores acelerar a colheita de café e secar os grãos", disse o Barchart.
Apesar dos leves ganhos nesta segunda-feira, Rodrigo Costa, diretor da Coxemim nos Estados Unidos, disse que o relatório dos comitentes divulgado pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês, pouco inspira um cenário altista.
"Os fundos reduziram suas posições em 1,748 contratos entre os dias 4 e 11 de junho, quando o mercado caiu US$ 8.65 centavos por libra – ou seja, nem uma compra leve (líquida) dos especuladores ajudou a bolsa a subir", disse o analista de mercado.
Na semana passada, o café arábica fechou em forte baixa. A divulgação da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) sobre os estoques privados de café do Brasil pesou. A estimativa de é que os estoques privados no Brasil totalizavam 12,893 milhões de sacas.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro de café diminuíram nos últimos dias. "A forte volatilidade dos preços dos cafés arábica e robusta neste início de junho tem afastado agentes consultados pelo Cepea do mercado e, consequentemente, reduzido a liquidez doméstica", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 435,00 – estável. Não houve oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 e alta de 1,25%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 405,00 – estável. A maior variação ocorreu na Média Rio Grande do Sul com queda de 2,47% e saca a R$ 395,00.
Na sexta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 403,38 e queda de 0,01%.
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