Decisão da Cargill afeta produtores do MATOPIBA. No Pará,cerca de 2 mi/ha legalmente habilitados para plantio estariam sob risco
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Decisão da Cargill afeta produtores do MATOPIBA - Vanderlei Silva Ataídes - Presidente Aprosoja Pará
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O Notícias Agrícolas conversou com Vanderlei Silva Ataídes, presidente da Aprosoja Pará, a respeito da decisão da Cargill de se comprometer a evitar o desmatamento nas áreas do Cerrado brasileiro.
Esse comprometimento já existia em relação à Amazônia, portanto, o Pará recebe diretamente os efeitos de ambas as condições. Contudo, Ataídes acredita que essa decisão é um "tiro no pé".
Ele conta que, de ontem para hoje, o setor observa a nota da Cargill de forma desconfiada e classifica a situação como "desnecessária", já que, de acordo com o Código Florestal, os produtores rurais possuem direito ao desmatamento legal em parte de sua propriedade. Esse desmatamento, portanto, não seria ilegal.
Na avaliação do presidente, os produtores ficam sem saber quais são as características das áreas nas quais se pode ou não trabalhar. De acordo com as orientações da moratória, não se poderia abrir nem as áreas determinadas no Código Florestal.
Para ele, há de se analisar a possibilidade de reinventar a questão da comercialização e se aproximar da China para não ficar refém dessa situação. Ataídes destaca que o Pará tem potencial para abrir mais 3 a 4 milhões de hectares no Cerrado.
5 comentários
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carlo meloni sao paulo - SP
Aos pouquinhos esta' caindo a ficha sobre a questão ambiental... Vejo pessoas de bem acreditando no Codigo Florestal, sao pessoas inocentes que acham os ambientalistas pessoas normais... Longe disso, sao os maiores crapulas que, atraves da regulamentaçao das leis, distorcem tudo... Por exemplo, eles conseguiram aprovar que a lei da Mata Atlantica e do Cerrado se sobrepoem ao Codigo Florestal... Entao o Codigo Florestal so' vai valer para a Amazonia e o Pantanal porque o resto pertence aos dois biomas, como falei antes.
Atenção: Nas regulamentações emitidas pelo CONAMA, as leis da Mata Atlantica e do Cerrado prevalecem sobre o Código Florestal.. Então de pouco adianta ter uma bancada ruralista muito forte no Congresso, se depois as repartições do Ministerio do Meio Ambiente manipulam as leis atraves de regulamentações, onde so' eles podem mexer... O ministro Salles conseguiu reduzir os integrantes do conselho do CONAMA mas aqueles que restaram continuarão a praticar a mesma filosofia----O certo seria substitui-los todos um a um.
Vou tentar me explicar melhor... O Codigo Florestal temos tres classificações de mata nativa... Aquela dentro das Areas de Preservaçao Permanente (APP), aquelas dentro da Reserva Legal (RL), e as que estão fora da reserva legal... Entao a regulamentaçao do CONAMA estabelece que mesmo o mato nativo fora da Reserva Legal se pertencer ao bioma Mata Atlantica ou Cerrado, sao consideradas com o mesmo rigor das APP do Codigo Florestal... Deu pra entender ???... A manipulaçao e' complicada , mas o Congresso, devidamente avisado, deveria reagir...
Sr Carlos Meloni, perfeita as suas ponderaçoes. O diabo está nos regulamentos relizados pelos burocratas de plantao. Temos de estar atentos o tempo todo. Curiosamente para aprovar o codigo florestal demora-se decadas... Os regulamentos , portarias, resolucoes que o descaracterizam sao aprovados pelos burocratas a seu bel prazer. Parabens sr Meloni, o sr foi direto ao centro do problema brasileiro. Como controlar, eis a questao.
R L Guerrero Maringá - PR
Bota a Cargill pra fora do país! Quem esses vendidos pensam que são?...
A CARGILL, assim como todas as empresas, vao atras do lucro-----Se percebem que vao ter problemas com os ambientalistas, elas vao dar uma paradinha-----Entendam uma vez por todas, as empresas nao são o problema---- O verdadeiro problema sao os ambientalistas, sabotadores, incoerentes que combatem rodovias, ferrovias, usinas hidreletricas, perfuraçao de poços de petroleo, instalaçoes portuarias, enfim sao contra toda e qualquer coisa que represente o progresso--
Ou seja, onde tem PTralha tem problemas...
Gustavo Ribeiro Rocha Chavaglia Ituverava - SP
Posicionamento temos que ter!! ... ("Decisão da Cargill afeta produtores do MATOPIBA") ... Apesar de termos que responder às necessidades dos consumidores (nacionais e internacionais ) de nossa produção , "decisões" como esta da Cargil, traz aspectos, entre outros interesses, de uma condição impositiva , usando o viés ambienta , onde a multinacional coloca o proprietário rural como refém !
A conservação ambiental , está no código florestal , não precisamos de modelos e projetos , que , no fundo , denigrem a imagem da produção rural brasileira !! Posicionamento se faz necessário por parte dos produtores , esclarecendo e visando afirmar o nosso já tão rígido Código Florestal como base de nossa produção !!A CARGILL está a serviço de quem? Quer trabalhar com quem? Pelo jeito não quer trabalhar com o produtor brasileiro e demonstra que "sempre" o consumidor europeu tem razão. Então, em minha opinião, está na hora de a Cargil abandonar o Brasil. Se os produtores brasileiros não estão lhe servindo, vá vender e comprar em outro lugar.
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Eu tive um amigo na faculdade que vivia com o Estatuto da Terra dentro da pasta. Volta e meia ele puxava o pequeno livro e liamos juntos os parágrafos, discutíamos acaloradamente sobre a situação do país em relação ao que estava escrito lá e que, para nós, em nossa ingenuidade, era algo de muito valor... Acho que eu era o único colega que o Chico Neto tinha que se interessava nos artigos e parágrafos do Estatuto da Terra, para nós um livrinho maravilhoso... Eu gostava particularmente da parte sobre a preservação de nascentes, tanto que, em algum tempo depois, comemoramos o surgimento na prática das microbacias, em Marau primeiro se não me engano... Não sei como estão os projetos hoje em dia, mas acredito que bem..., apenas pensando no bem estar do meu coração naquela época ao ver o trabalho em andamento, era realmente uma coisa bonita de se ver... Como ensinou Santo Tomás, se é bom, tem que ser belo... Mas voltando, digo que se quiserem preservar essa curva de rio aí, que preservem tudo, a chapada inteira, as margens, as nascentes, eu realmente defendo que se preserve, desde que não seja impedido o acesso a quem quer ter esse acesso até a beira dos rios, sem burocratas a "disciplinar" o que seja..., sacos de lixo não tem o poder de acabar com a natureza, como foi ensinado à minha geração (segundo os professores, morreríamos todos sufocados por sacos de lixo)... Bem, o que a Cargill pretende, e essa moratória da soja tem o apoio da Abiove (que é a indústria nacional de soja, vejam como tudo está interligado), é normatizar e disciplinar os brasileiros, o que, em outras palavras, é ter poder de mando mesmo. Como plantar, o que plantar e onde plantar, a área, a quantidade e tudo o mais.., e se um coitado jogar um latinha de cerveja no rio, de preferencia querem que seja decapitado em praça publica... (entendo, dá mais trabalho juntar uma latinha do rio do que decapitar um ser humano)....
Abiezer Cavalcante Gomes Neto Guaraí - TO
Não só tem a Cargill que compra soja, deixa ela com sua ideologia e venda a soja pra BUNGE, CHS, ADM, AGREX, Amaggi, COFCO, NOVA AGRI, GLENCORE, GAVILON e muitas outras...