Café arábica reage nesta 4ª na Bolsa de Nova York após três baixas seguidas e mínimas históricas
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (08) com alta de cerca de 50 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado do grão passou por ajustes depois de três quedas consecutivas acompanhando essencialmente a oferta.
O contrato julho/19 encerrou a sessão com alta de 55 pontos, a 88,55 cents/lb e o setembro/19 anotou 90,85 cents/lb com 45 pontos de valorização. Já o dezembro/19 avançou 45 pontos, a 94,35 cents/lb e o março/20 registrou 97,85 cents/lb com 220 pontos positivos.
Os futuros do arábica se recuperam na sessão de mínimas de 13 anos testadas na véspera, na casa dos 88 cents/lb no contrato julho/19. O mercado chegou a avançar mais durante o dia em processo de ajustes. As mínimas testadas foram de 87,98 e máximas de 89,75 cents/lb.
Antes dos ajustes técnicos, segundo agências internacionais de notícias, o mercado do arábica se focava nos fundamentos acompanhando dados da oferta e baixa demanda. Como esse cenário ainda não se modificou, novas baixas não estão descartadas na ICE após a alta técnica.
Em entrevista para a Reuters internacional na véspera, o diretor de trading da Comexim USA, destacou as perspectivas pouco otimistas para o café arábica. "Acho que o realmente problemático é ainda não vermos nada que possa provocar uma mudança", disse.
A safra brasileira, em colheita, também pesava sobre os preços. "O Brasil teve uma grande produção na safra atual, mas a próxima deve ser menor, pois é de bienalidade negativa. Ainda assim, as ideias são que ela será grande já que o clima tem sido bom", afirmou Scoville.
Além dos ajustes nesta quarta, o mercado externo do grão também acompanhou a virada do dólar. Às 16h23, o dólar comercial caía 0,97%, cotado a R$ 3,931 na venda, na expectativa da participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na comissão especial sobre a Previdência.
"O café arábica de julho subiu nesta quarta-feira com uma pequena cobertura de posições depois que o real saltou para uma alta de uma semana contra o dólar. Um real mais forte desencoraja as exportações pelo Brasil", destacou o site internacional Barchart.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro de café seguem ocorrendo de forma lenta, mas as transações ganham ritmo e devem aumentar com a colheita da safra 2019/20. "A expectativa é de que a liquidez se eleve em maio, devido à necessidade de caixa e de liberação de espaço nos armazéns para guardar o café novo", destacou em análise o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 411,00 e queda de 0,72%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 1,33% e saca a R$ 380,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 – estável. A maior oscilação foi registrada em Poços de Caldas (MG) com baixa de 0,79% e saca cotada a R$ 378,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 385,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 1,39% e saca a R$ 365,00.
Na terça-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 376,64 e baixa de 1,15%.
1 comentário
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Carlos Rodrigues
Reage o preço?? o café vai deixar milhões de pessoas a chorar nos próximos meses...
Boa tarde sr Carlos Rodrigues, não entendi,... o produtor vai chorar por que???, pelo que estamos sabendo, esses preços vão enterrar o produtor..., isso é bom, pelo menos param de sofrer!