Café: Bolsa de Nova York testa alta expressiva nesta 3ª feira, mas reduz ganhos no fim do dia
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (30) com leves altas. O mercado chegou a subir cerca de 200 pontos, mas reduziu ganhos ao longo dia. O câmbio e movimentos técnicos foram os fatores de suporte no dia para as cotações.
O contrato maio/19 encerrou a sessão com alta de 50 pontos, a 91,895 cents/lb e o julho/19 anotou 93,15 cents/lb com 50 pontos de valorização. Já os lotes para setembro/19 avançaram 45 pontos, a 95,45 cents/lb e o dezembro/19 registrou 99,00 cents/lb com 40 pontos positivos.
O principal vencimento do arábica na ICE oscilou entre máxima de 95,10 cents/lb e mínima de 92,53 cents/lb, segundo dados do site de cotações Investing.
"Após quedas seguidas, o que tem acontecido agora é resultado de variações do dólar, de cobertura de posições lá em Nova York e não tem nenhuma novidade em termos de fundamento. A expectativa continua de uma grande safra", disse ao Notícias Agrícolas Fernando Maximiliano, analista da INTL FCStone.
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Às 16h44, após o fechamento na Bolsa de Nova York, o dólar comercial recuava 0,49%, cotado a R$ 3,923 na venda, acompanhando o cenário externo e cena política brasileira. A moeda estrangeira mais baixa desencoraja as exportações das commodities, mas tende a dar suporte aos preços externos.
"Essa semana o mercado vai andar meio de lado, não temos muitas novidades, pelo menos internamente. Podemos ter alguma coisa de maior volatilidade hoje pela formação da Ptax, mas não vejo muito espaço para subir", disse para a Reuters o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
Apesar das altas técnicas recentes, operadores do mercado seguem atentos às informações de ampla oferta e, segundo Maximiliano, não existem perspectivas de mudanças. Apenas algum fator fundamental é que poderia fazer com que os preços voltassem a reagir, apesar de já trabalharem acima de 90 cents/lb.
"As ideias são que a próxima safra brasileira ainda pode ser grande já que o clima tem favorecido as lavouras até o momento. No entanto, condições mais secas estão previstas para esta semana", complementou em informativo o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro de café arábica seguem lentos, já que os preços dos tipos mais negociados continuam aquém do desejo do produtor. O tipo 6 duro, por exemplo, trabalha abaixo de R$ 390,00 a saca na maioria das praças de comercialização verificadas pelo Notícias Agrícolas.
Segundo Maximiliano, da INTL FCStone, com os preços em queda, os produtores brasileiros estão segurando as vendas do café, o que tende a continuar até o momento em que for inviável reter o produto. A colheita já começou e produtores tendem a precisar de caixa nesse momento.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 416,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com valorização de 1,32% e saca a R$ 385,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 390,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Lajinha (MG) com alta de 1,35% e saca a R$ 375,00.
Na segunda-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 381,97 e queda de 0,27%.
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