Colheita do feijão carioca avança no PR com 7% da área colhida, mas volume ainda não foi suficiente para pressionar cotações
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Entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE sobre o Mercado do Feijão
DownloadNo estado do Paraná, a colheita do feijão carioca já atingiu 7% da área cultivada com a cultura nesta temporada. Por outro lado, o volume colhido até o momento não é suficiente para pressionar as cotações do feijão que estão ao redor de R$ 200,00 a saca.
De acordo com o Presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE), Marcelo Eduardo Lüders, a expectativa é que os preços se mantenham estáveis para os próximos dias. “Os valores poderiam estar um pouco mais baixo, mas é ótimo ele está se mantendo nestes patamares e a gente esperar que isso pode perdurar até o início do mês”, comenta.
Ainda não é possível saber se a segunda safra será muito bem ofertada, tendo em vista que a safra é de sequeiros e acaba sendo um desafio aos produtores rurais. “Enquanto os feijões não estiverem dentro dos armazéns não tem como ter certeza do volume colhido e da qualidade”, afirma.
A colheita da segunda safra deve ganhar ritmo nas próximas semanas, porém não deve ficar concentrada no mês de Maio. “A tendência é que os trabalhos se estendam até meados de julho. Então, é um período que as cotações têm uma tendência indefinida e depende das condições climáticas”, aponta.
Os preços atuais do feijão carioca remuneram os produtores rurais se a produtividade média for de 45 sacas de feijão por hectare. Já o feijão rajado, as cotações giram próximas de R$ 190,00 a R$ 200,00 a saca no estado do Paraná.
Feijão Preto
No caso do feijão preto, a liderança salienta que os negócios para a mercadoria tipo dois estão ao redor de R$ 125,00 a 130,00 por saca e o produto seco com uma boa qualidade está próximo de R$ 145,00 a saca no Paraná. “É um bom preço pelo fato dos agricultores ter alcançado uma produtividade razoável e não teve problemas com pragas”, ressalta.
Com relação à produção de feijão na Argentina, os produtores rurais da localidade estão relatando problemas devido ao excesso de precipitações. “Ao que parece a pressão nos preços pode ser atenuado neste ano por conta do clima. Até o momento, os agricultores falam em perdas de qualidade”, diz.
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