Café: Queda do dólar favorece nova alta nesta 2ª na Bolsa de Nova York após mínimas históricas
O mercado do café arábica encerrou a sessão desta segunda-feira (15) com altas de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado oscilou em ajustes técnicos durante a sessão, mas também teve suporte das oscilações do dólar ante o real.
O vencimento maio/19 encerrou o dia com alta de 100 pontos, a 91,40 cents/lb e o julho/19 anotou 93,90 cents/lb com 95 pontos de ganhos. O setembro/19 anotou 96,40 cents/lb com 85 pontos positivos e o dezembro/19 registrou 100,30 cents/lb com 85 pontos de ganhos.
"O café arábica reverteu as perdas aneteriores e fechou em alta nesta segunda após alta do real frente ao dólar, provocando uma cobertura de posições vendidas", destacou o site internacional Barchart. Na máxima, o mercado chegou a 91,70 cents/lb e mínima de 89,85 cents/lb.
Às 17h04, o dólar comercial caía 0,47%, cotado a R$ 3,871 na venda, acompanhando o cenário político no Brasil. "Um real mais forte em relação ao dólar desencoraja as exportações pelos produtores de café do Brasil", acrescentou o site internacional.
Nos últimos dias, o mercado do arábica na Bolsa de Nova York testou mínimas de 13 anos acompanhando novidades sobre a oferta disponível do grão e informações sobre a safra 2019/20, do Brasil, maior produtor e exportador global.
Cafeicultores brasileiros informam o início da colheita no cinturão brasileiro, mas em meio à previsão de chuvas. Nos últimos dias, cidades produtoras de café do estado de Minas Gerais, maior produtor do país, já tiveram altos acumulados.
"A colheita [do café] começou, mas ainda muito devagar. Algumas poucas pessoas começaram colhendo um café que ainda tem percentual elevado de verdes", disse engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, Alysson Fagundes. Produtores se preocupam com a secagem do café, mas as precipitações podem também derrubar os frutos.
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Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, disse em informativo recente que operadores seguem atentos com a safra brasileira e as ideias dos envolvidos de mercado é de que o país tinha produção nesta temporada de cerca de 52 milhões de sacas.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), por sua vez, aponta que a produção total de café do Brasil na safra 2019/20, que é de bienalidade negativa, fique entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas de 60 kg. O resultado representa uma queda ante a temporada anterior.
Mercado interno
O mercado brasileiro do café arábica segue com negócios isolados neste início de semana. Os preços do tipo 6 duro permanecem ao redor de R$ 380,00 a saca. Segundo o Escritório Carvalhaes, na semana passada, o físico brasileiro permaneceu calmo e com vendedores retraídos devido às bases ofertadas.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 413,00 e alta de 1,23%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 5,26% e saca a R$ 400,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 385,00 - estável. A oscilação mais expressiva foi registrada em Varginha (MG) com baixa de 1,33% e saca cotada a R$ 370,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 386,00 e alta de 1,31%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 4,11% e saca a R$ 380,00.
Na sexta-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 377,13 e alta de 0,06%.
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