Café arábica testa recuperação nesta 3ª feira em NY e reverte parte das perdas recentes
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (09) com altas próximas de 50 pontos. Depois de quedas seguidas, o mercado externo testou recuperação, mas operadores continuam acompanhando dados da oferta.
O vencimento maio/19 encerrou o dia com alta de 70 pontos, a 93,65 cents/lb e o julho/19 anotou 96,10 cents/lb com 60 pontos de ganhos. O setembro/19 anotou 98,50 cents/lb com 50 pontos positivos e o dezembro/19 registrou 102,30 cents/lb com valorização de 45 pontos.
O mercado do grão na ICE oscilou entre máxima de 94,85 cents/lb e mínima de 93,18 cents/lb, segundo o site de cotações Investing. Depois de se aproximar das mínimas de 13 anos, os futuros do arábica voltaram a subir em ajustes técnicos na sessão desta terça-feira.
De acordo com o site internacional Barchart, uma cobertura de posições vendidas contribuiu para os ganhos na ICE. Outro fator de apoio foi a informação de baixos volumes de chuva na semana passada em áreas produtoras do Brasil, mas precipitações devem retornar nas próximas horas.
Nos últimos dias, várias divulgações sobre a oferta e safra do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, repercutiram negativamente no arábica e seguem no radar dos operadores. Produtores, no entanto, acreditam que a safra será menor do que o estimado.
"Enquanto aguardamos a segunda estimativa da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, que será divulgada em maio próximo, teremos de conviver com esses números lançados no mercado de acordo com o interesse de quem faz a estimativa", destacou o Escritório Carvalhaes.
Com as quedas recentes na Bolsa de Nova York, os futuros já trabalham abaixo do patamar dos custos de produção no Brasil, que estão em 95 cents/lb, segundo a OIC (Organização Internacional do Café). Esses são os níveis mais baixos de 2005, quando atingiram 86 cents/lb.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café segue com negócios isolados, mas produtores vão às mesas de negociação em momentos de necessidade de caixa. Apesar de alta em algumas praças nesta terça-feira, o tipo 6 duro segue ao redor de R$ 380,00 a saca.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 416,00 e alta de 0,48%. A maior oscilação no dia foi registrada em Lajinha(MG) com queda de 2,50% e saca a R$ 390,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 395,00 e alta de 1,28%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 e alta de 1,30%. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,70% e saca a R$ 380,00.
Na segunda-feira (08), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 385,40 e queda de 0,89%.
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