Café arábica testa recuperação em NY pela segunda sessão consecutiva nesta 6ª feira
Os futuros do café arábica encerraram esta sexta-feira (29) na segunda sessão consecutiva de alta. O mercado teve suporte nos últimos dias da queda do dólar após disparada e perspectiva de déficit global na safra 2019/20. Na semana, avanço acumulado de 0,64%.
O vencimento maio/19 encerrou o dia com alta de 50 pontos, a 94,50 cents/lb e o julho/19 anotou 97,05 cents/lb com 45 pontos de ganhos. O setembro/19 anotou 99,75 cents/lb com 40 pontos positivos e o dezembro/19 registrou 103,55 cents/lb com valorização de 30 pontos.
Após quedas consecutivas, o mercado do arábica iniciou uma trajetória altista na quinta-feira e depois estendeu ganhos ao longo da sessão desta sexta-feira. O contrato referência variou no dia com máxima de 95,70 cents/lb e mínima de 94,35 cents/lb, segundo a Investing.
De acordo com o site internacional Barchart, os futuros do arábica tiveram na sessão da força do real após dias em que o dólar disparou acompanhando a cena política. "O real mais forte hoje desencoraja a venda de exportação pelos produtores de café do Brasil", disse.
Às 17h05, após o fechamento do café na ICE, o dólar comercial registrava queda de 0,05%, cotado a R$ 3,915 na venda, mas chegou a cair mais ao longo do dia com investidores assimilando alívio ante a percepção de trégua com governo e Congresso e reforma da Previdência.
"As apostas de não aprovação da reforma ainda são muito isoladas. O que vinha sendo embutido nos preços era a chance de uma postergação. Mas agora a tendência é o mercado dar uma acalmada", disse para a Reuters Cleber Alessie, da mesa financeira da H.Commcor.
Além do câmbio, o mercado da variedade na ICE também negociou nas últimas sessões com a divulgação do Rabobank de que a safra global de café 2019/20 pode ter um déficit de 2,3 milhões de sacas de 60 kg. A previsão anterior apontava um déficit de 1,2 milhão de sacas.
"Mesmo que 2019/20 seja um ano de déficit, a grande quantidade de café vindo na safra 2019/20 do Brasil ainda precisa ser fixada. E a perspectiva de outra safra recorde de arábica em 2020/21 está no horizonte para o Brasil", disse o banco.
De acordo com vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, o mercado segue atento com a safra brasileira. "O Brasil teve uma grande safra atual, mas a próxima será menor, pois é ano de bienalidade. As ideias são produção atual entre 62 ou 63 milhões de sacas para 52 milhões", disse.
Mercado interno
Os negócios seguiram isolados no mercado brasileiro nesta semana com preços do café arábica em queda ou estáveis na maior parte das praças de comercialização. O produtor só realizado transações quando necessita de caixa.
"Levantamento do Cepea aponta que com as recentes e contínuas quedas nos preços, as médias mensais atuais são as mais baixas desde janeiro de 2014 para o arábica e de dezembro de 2013 para o robusta, em termos reais", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 428,00 e alta de 0,47%. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,44% e saca a R$ 400,00..
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,51% e saca a R$ 398,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A oscilação mais expressiva foi verificada no Oeste da Bahia (AIBA) com alta de 2,63% e saca a R$ 390,00.
Na quinta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 393,99 e queda de 0,03%.
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