Café: Mercado em NY reage e sobe mais de 100 pts após mínimas abaixo de 96 cents/lb
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (13) com alta de mais de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Após duas quedas seguidas e de ficar abaixo de 96 cents por libra-peso, o mercado reagiu em ajustes técnicos e câmbio no fim do dia.
O vencimento maio/19 encerrou a sessão com alta de 165 pontos, a 97,65 cents/lb e o julho/19 anotou 100,35 cents/lb com 160 pontos de ganhos. Já o contrato setembro/19 anotou 103,05 cents/lb com avanço de 150 pontos e o dezembro/19 registrou 106,95 cents/lb com valorização de 150 pontos.
O mercado do arábica iniciou o dia em baixa, estendendo as perdas dos últimos dias. O vencimento referência chegou a 95,25 cents por libra-peso na mínima e sofreu reação técnica em uma demonstração de forças, chegando durante o período da tarde a testar máxima de 97,78lb, segundo o site Investing.
De acordo com o site internacional Barchart, as oscilações do dólar também contribuíram para a alta no mercado. Às 16h57, o dólar comercial caía 0,14%, a R$ 3,811 na venda. A moeda mais baixa tende a desencorajar as exportações da commodity e dá suporte aos preços.
Operadores nos últimos dias negociavam na ICE em meio às expectativas de ampla oferta na safra 2019/20. Tradings e empresas do setor divulgaram recentemente a perspectiva de uma produção no Brasil chegando a ficar acima do último levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
A Volcafe estimou na segunda-feira produção de 55,4 milhões de sacas de no país, enquanto na semana passada o Rabobank anunciou projeção de até 57,6 milhões de sacas. A Conab havia apontado em sua última estimativa uma colheita total de 54,5 milhões de sacas.
A safra brasileira está em desenvolvimento neste momento e será de bienalidade negativa para a maioria das lavouras. Chuvas retornaram nos últimos dias no cinturão produtivo, mas alguns produtores acreditam que perdas já foram consolidadas em algumas propriedades.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou nesta quarta-feira que as exportações totais de café (verde, solúvel e torrado & moído) em fevereiro totalizaram 3,4 milhões de sacas de 60 kg e receita de US$ 449 milhões. O volume no mês foi 36,3% superior a fevereiro de 2018.
"Os volumes de exportação de café apresentados em fevereiro, registram o segundo recorde mensal consecutivo e histórico, neste ano. Tudo indica que se continuarmos nessa performance, deveremos encerrar o ano cafeeiro próximo a 40 milhões de sacas, o que também será um recorde histórico", disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café trabalha lento, mas negócios pontuais sempre ocorrem, segundo agentes. Os atuais patamares de preço estão aquém do desejo do produtor. Nesta quarta, as cotações ficaram estáveis a leve altas nas praças de comercialização.
"Os preços domésticos do café arábica voltaram a cair nesta semana, pressionados pelas desvalorizações internacionais da variedade e pela queda do dólar. Nesse cenário, agentes seguiram retraídos e a liquidez, baixa", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 428,00 e alta de 2,39%. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,53% e saca a R$ 405,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 – estável. A oscilação mais expressiva ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,51% e saca a R$ 394,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A oscilação mais expressiva foi registrada em Patrocínio (MG) com alta de 2,60% e saca a R$ 395,00.
Na terça-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 395,58 e baixa de 1,57%.
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