Café: Dólar pesa e cotações do arábica caem 300 pts nesta 3ª feira na Bolsa de Nova York
O dia foi de quedas expressivas nos futuros do café arábica. A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou esta terça-feira (26) com baixa de cerca de 300 pontos na variedade. O mercado foi pressionado pelo dólar e, em menor intensidade, as chuvas no Brasil.
O vencimento março/19 caiu 285 pontos, a 93,55 cents/lb e o maio/19 anotou 96,80 cents/lb com 305 pontos de recuo. Já o contrato julho/19 registrou 300 pontos de negativos, cotado a 99,60 cents/lb e o setembro/19 caiu 295 pontos, a 102,40 cents/lb.
"A fraqueza do real frente ao dólar nesta manhã pressionou os preços do café, já que um real mais fraco estimula as exportações dos produtores de café do Brasil", destacou o site internacional Barchart em seu boletim matinal. A queda seguiu o dia.
Apesar de testar máxima de R$ 3,7675, o dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira com alta de 0,10%, a R$ 3,7448 na venda. O mercado acompanhou o exterior, com o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ressaltando uma política paciente nos juros.
Em menor intensidade, já que segundo agências internacionais de notícias, essas informações parecem em grande parte ter sido precificadas, operadores acompanharam as condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, após de condição seca no mês de janeiro.
Segundo o Barchart, empresas meteorológicas têm apontado que as chuvas sobre Minas Gerais, maior estado produtor de café arábica do Brasil, chegaram a ficar acima da média em algumas áreas. A previsão do tempo ainda aponta mais precipitações em áreas nesta semana.
"Se as chuvas persistirem neste final de fevereiro e em março, devem estancar as perdas que já estavam se avolumando em muitas regiões produtoras de café", disse em seu boletim semanal o Escritório Carvalhaes, com sede em Santos (SP).
Mercado interno
Os preços do café arábica no mercado brasileiro fecharam em queda a estáveis nesta terça-feira acompanhando o cenário externo. Com os atuais patamares de preço, os negócios ficaram ainda mais comprometidos. Apenas os produtores que precisam de caixa vão ao mercado.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 420,00 (-0,71%) e Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável). As maiores oscilações ocorreram em Varginha (MG) (-1,19%) e Franca (SP) (-1,19%), ambas com saca a R$ 415,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 400,00 (-1,23%) e Varginha (MG) também com saca a R$ 400,00 e recuo de 1,23%.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. As maiores oscilações foram registradas em Varginha (MG) e Franca (SP), ambas com saca a R$ 395,00 e queda de 1,25%.
Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 401,42 e queda de 0,55%.
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