Café: Cotações do arábica encerram sessão desta 3ª feira com leve alta em NY após quedas seguidas
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (12) com leve alta. O mercado do grão testou acomodação técnica depois da queda nos últimos dias e também seguiu as oscilações do dólar ante o real.
O vencimento março/19 fechou o dia com alta de 25 pontos, a 100,45 cents/lb e o maio/19 anotou 103,55 cents/lb com 25 pontos de avanço. Já o contrato julho/19 registrou 25 pontos de ganhos, cotado a 106,25 cents/lb e o setembro/19 subiu 20 pontos, a 108,95 cents/lb.
Depois de queda nos últimos três dias, quando operadores acompanhavam informações sobre chuvas no Brasil, o mercado do arábica testa reação desde o início dos trabalhos desta terça-feira e voltou a ficar acima de US$ 1 por libra-peso nos principais vencimentos.
Além da acomodação técnica, o câmbio contribui para os ganhos do arábica na sessão. Às 16h28, o dólar comercial caía 1,41%, a R$ 3,710 na venda, acompanhando o exterior e Previdência. As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações das commodities.
"A força do real em relação ao dólar nesta manhã provou uma pequena cobertura nos futuros do café, uma vez que o real mais forte desencoraja as exportações dos produtores de café do Brasil", destacou o portal internacional Barchart. O movimento seguiu durante o dia.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) reportou nesta terça-feira que os embarques totais de café do Brasil em janeiro totalizaram 3,28 milhões de sacas, um volume 20,8% superior ao mesmo período de 2018. A receita cambial chegou a US$ 439 milhões.
"As exportações de café do Brasil seguem em um ritmo intenso. Registramos um recorde histórico para o mês de janeiro, confirmando as estimativas. Esse resultado é reflexo de uma boa safra e da qualidade e competência da cadeia produtiva brasileira", disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Leia mais:
» Exportações de café brasileiro atingem 3,28 milhões de sacas em janeiro
Mercado interno
Apesar do leve avanço no mercado externo, os preços oscilaram pouco nas praças de comercialização brasileiras e os negócios seguiram lentos. Produtores aguardam melhores patamares de preço e retornam aos negócios apenas nos picos de alta.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 433,00 e queda de 1,14%. A maior oscilação foi em Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 2,27% e saca a R$ 430,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 415,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorre em Varginha (MG) com queda de 1,22% e saca a R$ 405,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A maior oscilação ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 4,76% e saca a R$ 400,00.
Na segunda-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 409,73 e queda de 2,03%.
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