Conab revela qual o retorno de investimento para os produtores de soja, algodão e amendoim
Um novo estudo realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a receita líquida para os produtores de soja no país para a safra 2017/18 chegou a R$ 45,4 bilhões. Este foi resultado obtido a partir da diferença entre a receita bruta da produção, de R$ 137,1 bilhões, e o custo operacional investido, de aproximadamente R$ 91,7 bilhões. Com isso, a rentabilidade no cultivo do grão geram retorno de 49,57% para o produtor.
A oleaginosa é um dos três itens analisados na publicação Receita Bruta e Líquida Operacional dos Produtores de Algodão, Amendoim e Soja, divulgada nesta terça-feira (29), pela Companhia. Segundo o estudo, o bom resultado deste último pode ser explicado em parte pelo valor de comercialização do grão, comparado com a gestão dos custos. Se por um lado o produtor encarou um aumento na hora dos gastos com o plantio, por outro o preço da oleaginosa no mercado também esteve em patamares maiores. Assim, as despesas iniciais foram superadas pelos valores obtidos na hora da comercialização.
Com relação à colheita de algodão e amendoim na safra passada, os técnicos da Conab avaliaram que os resultados obtidos pelos agricultores, nos dois casos, também é positivo. O amendoim teve ainda uma rentabilidade um pouco melhor, com retorno de aproximadamente 42% do investimento inicial e uma receita líquida de R$ 226,3 mil, o que representa 29,52% da receita bruta.
O algodão, que tem apresentado números de safra cada vez maiores, apresenta um retorno baseado no investimento no plantio da pluma em tono de 38,7%, o que para o estudo ainda é considerado uma margem boa de rentabilidade. No entanto, o custo de produção é mais elevado, devido à alta tecnologia utilizada. Com isso, a receita líquida operacional deste cultivo fica em torno de R$ 3,9 bilhões, o que representa cerca de 27,9% do volume da receita bruta obtida, que é de R$ 14 bilhões.
A Conab publica todo ano as informações relativas à Receita Bruta dos Produtores Rurais Brasileiros desde a safra 2008/2009. Neste ano, foram implementadas duas novidades: a inclusão das informações sobre a receita líquida operacional dos cultivos e a divisão das culturas em grupos, abarcando alguns produtos selecionados para análise aos invés de todos em um mesmo estudo. Essa última inovação, visa trazer mais agilidade e transparência na divulgação das informações.
Acesse aqui a íntegra da publicação.
1 comentário
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elcio sakai vianópolis - GO
Pra escrever besteira, antes ficasse calada... Desde quando se faz um custo apenas considerando os insumos. Se for pra maquiar o setor agrícola, melhor a CONAB ser dona de um salão de beleza... Além de adubo, defensivos e sementes, temos o custo de óleo diesel (que não é barato), fora manutenção de maquinários (peças e serviços), juros (barter, custeio agrícola, R.O, custeio agrícola R.P.L, etc), investimentos (renovação de frota), custo do uso da terra (seja ela própria ou arrendamento), pró-labore, mão de obra (funcionário e diaristas) e impostos.... Depois de tudo isso, se sobrar alguma coisa, aí sim teremos lucro na atividade rural. Na realidade já faz algum tempo que o setor agrícola não está dando dinheiro pro dono da lavoura..., estamos num nível de subsistência da mão pra boca e em alguns casos até pagando pra trabalhar. Se for pra contar uma mentira mil vezes, tentando fazê-la virar verdade, é melhor fechar esta CONAB!!!......
A ministra tem que mudar a Conab. Só traz prejuízo pro agricultor. Toma nosso dinheiro na cara dura com estes relatórios furados.
Elcio...para aumentar a lista, temos as despesas administrativas como contabilidade e RH, jurídico... isso sendo superficial, se olha um balanço completo, onde todo fluxo de caixa de uma safra esteja computado, vão aparecer muitos outros itens.
Vou colaborar com mais alguns custos... ... Correção do Solo com Calcário , Gesso Agrícola, Adequação e Conservação do Solo e Água..
E se for em áreas de disputas " Indígenas e MST , aí vai muito dinheiro..
Isso quando os Órgãos Fiscalizadores não acham tretas para arrancar altas multas do Produtor.
A CONAB é um "mimo" dos partidos políticos. O ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi era o "chefe", após o seu filho Baleia Rossi, manteve o "poder". ... ... Temos que acabar com isso!!!... ... ... São um bando, ou melhor uma "quadrilha", que mantém o "bolo" sob o seu domínio. ... ... Esse SENAR é um dos "CINCO S" que deve ser extirpado, pois os mesmos donos das Federações estaduais, são os que manipulam essas verbas, "ROUBADAS" na cara dura do setor produtivo para serem empregadas com o único objetivo de "elevar o moral" do chefe do momento.
Acrescento ainda que, se tiver lucro, vem o Imposto de Renda para levar mais uma parte! Se tiver prejuizo o problema é do produtor!