Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 6ª feira com alta de mais de 100 pts
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta sexta-feira (25) com altas de mais de 100 pontos. O mercado teve suporte das informações do tempo no Brasil e fatores técnicos. Na semana, houve avanço acumulado de 1,33%.
O vencimento março/19 encerrou o dia a 106,35 cents/lb e alta de 105 pontos e o maio/19 registrou 109,50 cents/lb e avanço de 105 pontos. O julho/19 anotou 112,25 cents/lb com 105 pontos de ganhos e o setembro/19 teve 115,00 cents/lb e 110 pontos de valorização.
O mercado do arábica encerra a semana com a terceira alta consecutiva na ICE. Fatores técnicos deram suporte aos preços externos nos últimos dias e nesta sexta-feira. As cotações ganharam mais forças depois de romperem o patamar de US$ 1,05 por libra-peso.
Também pesou fortemente sobre os preços externos da variedade arábica as informações sobre o tempo em áreas produtoras do Brasil. Previsões não mostram chuvas consistentes nos próximos dias sobre a maior parte de Minas Gerais, principal estado produtor do grão no país.
"As preocupações com o clima no Brasil estimularam a cobertura de posições vendidas no curto prazo depois que o Commodity Weather Group informou que as lavouras de café do Brasil enfrentam estresse", noticiou em boletim matinal o site Barchart.
Na semana anterior, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou, em sua primeira estimativa para a safra 2019/20 do Brasil, que a produção de café pode ficar entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas de 60 kg. Mesmo em ano bienalidade negativa das lavouras.
Em parte da semana, o câmbio também contribuiu para os ganhos no mercado do café na ICE. Depois de recuar mais de 1% na quarta-feira (23), o dólar comercial fechou a véspera com leve alta de 0,23%, a R$ 3,7719 na venda. As oscilações da moeda impactam diretamente nas exportações das commodities.
Mercado interno
O mercado brasileiro seguiu com negócios isolados ao longo desta semana. Apesar das altas externas, os preços têm oscilado pouco internamente e não agradam aos produtores. Apenas nesta sexta é que os preços registraram variação mais expressiva.
"Depois da safra recorde em 2018/19, as expectativas do setor ainda são de produção satisfatória em 2019/20, considerando-se o ciclo bienal negativo dos cafezais de arábica", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 457,00 e alta de 1,11%. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 3,49% e saca a R$ 445,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 e alta de 1,18%. A maior variação no dia dentre as praças foi em Varginha (MG) com alta de 1,19% e saca cotada a R$ 425,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A maior oscilação no dia dentre as praça ocorreu em Patrocínio (MG) com alta de 2,41% e saca a R$ 425,00.
Na quinta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 418,21 e alta de 1,02%.
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