Chuvas acumuladas no RS deixam produtores apreensivos com prejuízos nas lavouras do estado

Publicado em 21/01/2019 09:51
Eduardo Condorelli - Superintendente do Senar/RS
Culturas da soja e arroz são as mais afetadas e muitas áreas seguem alagadas. Prejuízos são melhores quantificados após água baixar, mas produtores não devem conseguir fechar a conta nesta safra. Infraestrutura do estado também sofre com diversas estradas seguem em péssimas condições de conservação e pontes caídas.

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Entrevista com Eduardo Condorelli - Superintendente do Senar/RS sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

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Desde o início do ano o estado do Rio Grande do Sul vem sofrendo com as chuvas intensas e volumosas acumuladas, principalmente nas regiões sul e oeste do estado. Com isso, áreas agrícolas seguem alagadas, principalmente lavouras de arroz e soja, que devem apresentar índice alto de prejuízo para os produtores gaúchos.

“Estamos falando de quase metade da chuva do ano inteiro em 15/20 dias em uma época do ano que geralmente é a mais seca. Esse prejuízo já se materializa sim em lavouras alagadas e áreas que podemos dizer completamente perdidas. Nesse momento o que sobra ao produtor é torcer para que a chuva pare de uma vez e o Sol retorne, vamos ter que esperar a água baixar na maior das regiões para verificar aquelas lavouras que ainda tem chance se de recuperar e de que maneira essa recuperação poderia acontecer. Mesmo aquelas áreas que não estão submersas, são áreas que estão sofrendo também em seu desempenho por conta de 20 dias sem Sol”, afirma Eduardo Condorelli, superintendente do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul).

Além dos prejuízos para as lavouras, o acumulado de chuvas causa transtornos também na infraestrutura do estado com estradas e pontes danificadas e impedindo o trajeto de pessoas. “Não há estrutura viária que resista, ainda mais considerando que a grande maioria das nossa vias são de terra, ainda ontem, dois caminhões de gado atolaram seis vezes para sair de uma propriedade. As rodovias estão sem a menor chance de transito, algumas pontes foram retiradas e o estrago é muito grande”, comenta Condorelli.

O superintendente do Senar aconselha ao produtor, que já teve um custo maior para a implantação das safras e vem encontrando um mercado com preços baixos e sem muitas movimentações com incertezas sobre o tamanho das colheitas, a verificarem as condições de seus seguros e continuar acreditando que as próximas temporadas possam ser melhores do que essa.

“Nesse momento o que podemos desejar ao produtor é que tenham a crença de que, certamente, haverá um bom momento depois de toda essa dificuldade. Provavelmente passaremos ainda por dificuldades relacionadas à questão financeira, mas temos a certeza de que, por sorte no nosso setor, todos os anos existe a esperança de termos uma safra nova e vamos efetivamente acreditar que a safra nova será aquela que irá nos ajudar a resolver parte dos problemas que essa safra vai nos deixar”, pontua Eduardo.

Confira a entrevista completa no vídeo.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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