Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 6ª feira com queda de cerca de 50 pts
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (11) com leve baixa. O mercado do grão foi novamente pressionado pelo câmbio, fatores técnicos e oferta. Na semana, houve alta acumulada de 2,21%.
O vencimento março/19 fechou o dia com queda de 40 pontos, a 103,85 cents/lb e o maio/19 teve recuo de 45 pontos, a 107,20 cents/lb. O julho/19 anotou 110,10 cents/lb com desvalorização de 50 pontos e o setembro/19 113,05 cents/lb e 45 pontos de perdas
Depois de ficar acima do patamar de US$ 1,05 durante a semana, o mercado futuro do arábica passou a realizar ajustes no final desta semana. Além disso, o câmbio também passou a repercutir sobre os preços. Na sessão desta sexta-feira, as perdas foram estendidas.
"Uma superabundância na oferta de café é negativa para os preços, já que os estoques de café monitorados pelo ICE na quinta-feira subiram para 2,46 milhões de sacas. A fraqueza do real em relação ao dólar nesta manhã foi outro fator negativo para os preços", informou o Barchart.
O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,15%, cotado R$ 3,7145 na venda, acompanhando o mercado externo. Na máxima, chegou a R$ 3,7310. "Isso [alta do dólar ante o real] estimula as exportações dos produtores de café do Brasil", disse o site internacional.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira sua estimativa de produção para a safra 2019 do Brasil em 53,4 milhões de sacas de 60 kg. A safra tende a ser de bienalidade negativa e representa uma redução de 10,8% ante a colheita de 2018.
Mercado interno
O mercado brasileiro de arábica segue com negócios isolados nesses primeiros dias de 2019, em parte com as quedas externas. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), os preços têm sido influenciados pelas baixas externas.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável) e Varginha (MG) (+4,76%), ambas com R$ 440,00. A praça mineira teve a maior oscilação.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 440,00 - estável. A oscilação mais expressiva nas praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,22% e saca a R$ 415,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,23% e saca cotada a R$ 410,00.
Na quinta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 409,93 e queda de 0,50%.
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Carlos Rodrigues
Os produtores continuam sem fazer o seu trabalho , caso não seja feito deve ser a natureza a tratar do assunto...