Café: Bolsa de Nova York encerra a sessão desta 5ª feira com alta de mais de 200 pts com dólar e ajustes
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York encerraram a sessão desta quinta-feira (03) com alta de mais de 200 pontos. O dia foi de acomodação técnica depois de quedas seguidas e de o vencimento referência ficar abaixo de US$ 1 por libra-peso.
O março/19 encerrou o dia com alta de 265 pontos, a 102,15 cents/lb e o maio/19 teve avanço de 250 pontos, a 105,15 cents/lb. Já o julho/19 registrou na sessão 107,95 cents/lb com valorização de 250 pontos e o setembro/19 registrou 110,75 cents/lb e 250 de ganhos.
O mercado externo do grão iniciou 2019 com queda de mais de 200 pontos com informações de ampla oferta do grão na safra 2018/19. Nesta quinta-feira, no entanto, ajustes passaram a ser vistos depois de o vencimento referência ficar abaixo de US$ 1 por libra-peso.
O câmbio também contribuiu para os ganhos no arábica durante o dia. De acordo com o site internacional Barchart, os preços do arábica subiam à medida que o real teve alta de mais de um mês ante o dólar. "Isso desencoraja as exportações dos produtores de café do Brasil", disse.
O dólar comercial recuou 1,46% no dia, a R$ 3,7539 na venda, acompanhando a cena política local com a posse do governo Jair Bolsonaro. Na mínima do dia, a divisa atingiu R$ 3,7387 e, na máxima, foi a R$ 3,8088. As oscilações da divisa impactam nas exportações.
O Rabobank, um dos principais bancos especializados em commodities, projetou a produção brasileira em cerca de 56 milhões de sacas na atual temporada. Esse resultado, além da colheita de outros países, deve gerar um superávit no ciclo, o que poderia pressionar ainda mais os preços.
Nos últimos dias, a consultoria Safras & Mercado estimou a produção de café do Brasil em 63,7 milhões de sacas após verificação em entidades do setor. Levantamentos da Conab e USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apresentaram números parecidos.
Mercado interno
O mercado brasileiro segue com poucos negócios nesses primeiros dias de 2019 e o cenário à frente não deve ser de mudanças. "Mesmo com a bienalidade negativa do arábica, o clima tem auxiliado o desenvolvimento das plantas, o que pode aumentar a produtividade", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 435,00 e alta de 1,16%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,20% e saca a R$ 420,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 415,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu e Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,27% e saca cotada a R$ 400,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,30% e saca a R$ 390,00.
Na quarta-feira (02), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 407,80 e queda de 1,84%.
0 comentário
Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)