Milho: Mercado tem sessão volátil, mas alta do trigo garante leves altas nesta 2ª feira em Chicago
A segunda-feira (12) foi de ligeiras aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). Ao longo do dia, os principais contratos do cereal trabalharam dos dois lados da tabela, mas encerraram o dia com ganhos de mais de 1 ponto. O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,71 por bushel e o março/19 a US$ 3,82 por bushel.
A alta foi impulsionada pela forte valorização observada nos contratos do trigo no mercado internacional nesse início de semana, conforme dados da Reuters internacional. As cotações do cereal subiram mais de 3%, com o dezembro/18 a US$ 5,18 por bushel.
"Os futuros de trigo dos EUA subiram mais de 3% na segunda-feira em cobertura de posições, por parte dos fundos de investimentos e com expectativas de uma recuperação nos negócios de exportação", segundo analistas consultados pela Reuters.
Além disso, as agências internacionais reforçam que os preços aguardam novas informações para um direcionamento aos preços, especialmente em relação à safra norte-americana. Até a última semana, cerca de 76% da área plantada nesta temporada já havia sido colhida.
As informações serão atualizadas nesta terça-feira (13) devido feriado do Dia dos Veteranos, comemorado nesta segunda-feira nos Estados Unidos. O boletim de embarques semanais também será reportado amanhã.
Mercado brasileiro
Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a segunda-feira foi de estabilidade aos preços do milho nas principais praças pesquisadas. Em Tangará da Serra (MT), a alta foi de 15%, com a saca do cereal a R$ 23,00.
Ainda no estado, na região de Campo Novo do Parecis, o ganho ficou em 5,00%, com a saca a R$ 21,00. Já no Oeste da Bahia, a saca apresentou alta de 1,56% e fechou o dia a R$ 32,50. Na contramão desse cenário, em Sorriso (MT), a saca do milho recuou 5,13%, fechando o dia a R$ 18,50.
Segundo boletim reportado pelo Cepea nesta segunda-feira, os preços do cereal voltaram a apresentar valorizações em algumas regiões devido à retração dos vendedores. Entre os dias 1º a 9, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 5% na região de Campinas.
"Esse cenário se repete, principalmente nas regiões consumidoras, como São Paulo e Santa Catarina. Os produtores se afastaram do mercado, na expectativa de preços maiores nas próximas semanas, período de entressafra nacional", informou em seu boletim semanal.
Paralelamente, nas praças ofertantes, os preços permanecem pressionados em meio ao clima favorável e o bom desenvolvimento da safra de verão, quadro que mantém a perspectiva de oferta elevada nos próximos meses, ainda de acordo com reporte do Cepea.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,7567 na venda, com valorização de 0,55%. Na máxima da sessão, o câmbio chegou a R$ 3,7632 na venda.
"O dólar terminou a segunda-feira em alta ante o real, monitorando o mercado externo, em meio às preocupações com a saída do Reino Unido da União Europeia e com o orçamento italiano, e o noticiário político local, que contou com a confirmação de mais um membro da equipe do governo Jair Bolsonaro", informou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
0 comentário
Valorização do dólar traz melhora para preços do milho e novas oportunidades de exportação
Bolsa de Chicago volta do feriado com preços do milho subindo nesta 6ªfeira
Produção de biocombustível aquece mercado do milho em MT
Preços do milho acompanham o dólar e abrem a sexta-feira subindo na B3
Radar Investimentos: Produção brasileira de milho na safra 2024/25 deve alcançar 132,7 milhões de toneladas
Apesar de dólar alto, quinta-feira chega ao final com recuos da cotações do milho na B3