Espanha tem interesse em fechar acordo da UE com Mercosul
O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, reuniu-se na terça-feira (23), com o vice-ministro da Agricultura da Espanha, Fernando Miranda Sotillos, na sede do Ministério da Agricultura, em Madri, e apresentou demandas do Brasil junto à União Europeia para agilizar a exportação de produtos do agronegócio brasileiro.
Sobre as negociações entre o Mercosul e a União Europeia para a criação de uma área de Livre Comércio, Novacki disse que “ o acordo poderá trazer vantagem para ambos os lados”.
O vice-ministro espanhol informou que, a Espanha está dando forte suporte às negociações para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Sotillos enfatizou que o país tem interesse em manter as boas relações comerciais com Brasil e garantir o fornecimento de produtos brasileiros, especialmente a proteína animal, segmento em que o Brasil é potência mundial.
Os principais pontos de negociação brasileira com a UE são relacionados à carne bovina, regionalização do produto termoprocessado, rastreabilidade, retomada do pré-listing, ractopamina da carne suína e reabertura para o pescado brasileiro.
Durante o encontro, Novacki demonstrou insatisfação com a dinâmica do bloco europeu, pelo fato de os pleitos serem entregues a cada país membro, mas que os pedidos brasileiros acabam sendo encaminhados à análise da UE.
No ano passado, as exportações do agronegócio brasileiro para a União Europeia somaram US$ 13,46 bilhões. Os principais produtos embarcados para os países europeus foram itens do complexo soja (34,35%), café (18,73%), carnes (12,15%), sucos (9,67%), fumo (5,95%), cereais (5,65%), frutas (4,82%) e outros (8,69%).
O Brasil importou US$ 1,989 bilhão em itens do agronegócio europeu, em 2017, sendo a maior parte formada por produtos industrializados.
Fruit Attraction 2018
A delegação brasileira, integrada por empresários, participou da Fruit Atraction 2018, em Madri, que está em sua décima edição, e onde o secretário executivo do Mapa, fez a abertura oficial do Pavilhão Brasil, na terça-feira.
Novacki falou sobre o potencial brasileiro no comércio mundial e especificamente sobre as exportações de frutas. Lembrou esforços feitos pelo governo em parceria com entidades do setor privado com o objetivo de melhorar a qualidade, aumentar a produção, o consumo interno e as exportações de frutas, como a implementação, neste ano, do Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF).
As metas de longo prazo do PNDF, com data fixada até 2028, incluem participar com R$ 60 bilhões no mercado global de alimentos, aumentar o consumo interno de frutas para 70 quilos per capita ao ano e atingir US$ 2 bilhões em exportações de frutas frescas e derivados.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) a meta é a de atingir US$ 1 bilhão em exportação no ano que vem, com crescimento de 23% sobre o resultado de 2017. E, partir de então, crescer pelo menos 10% ao ano.
Para este ano, o presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, que integrou a delegação brasileira, disse que a expectativa é “chegar aos US$ 950 milhões em vendas externas com volume de 964 mil toneladas de frutas frescas”.
As principais frutas exportadas pelo Brasil são melão (23,7%) e manga (21,14%). Também se destacam o limão e a lima ácida (13%), a maçã (8,8%), a melancia (7,7%) e o mamão (5,5%), segundo as vendas externas em 2017.
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