Milho fecha nova sessão com altas em Chicago nesta 5ª feira focado no excesso de chuvas no Corn Belt
Os preços do milho voltaram a subir na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (4) motivados pelas preocupações com o clima nos Estados Unidos. O Corn Belt segue recebendo chuvas excessivas que comprometem o bom andamento dos trabalhos de campo e o quadro tem servido de combustível para as altas, mesmo que tímidas.
Neste pregão, os principais vencimentos terminaram o dia subindo entre 2 e 2,75 pontos, com o dezembro fechando com US$ 3,67 e o março/19 com US$ 3,86 por bushel.
"Os preços do milho continuam subindo frente às preocupações com atrasos na colheita dos EUA por conta das chuvas excessivas previstas para o centro dos EUA nos próximos dias", explica o analista de mercado Ben Potter, do portal internacional Farm Futures.
As últimas previsões do NOAA, o serviço oficial de clima do governo norte-americano, mostra que de hoje a 11 de outubro, o Corn Belt poderia receber volumes de até 101,6 mm de chuvas.
A demanda pelo cereal norte-americano também vem dando suporte aos futuros negociados na Bolsa de Chicago.
De acordo com números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos0 reportados nesta quinta-feira, as vendas americanas semanais totalizaram 1.431,0 milhão de toneladas, contra as expectativas do mercado que variavam de 1 milhão a 1,6 milhão de toneladas. Os mexicanos, no caso do cereal, também foram responsáveis pela compra do maior volume. Os EUA já comprometeram, neste ano comercial, 19.699,0 milhões de toneladas de milho, contra pouco mais de 12 milhões do ano passado.
E as informações que o percentual de etanol na gasolina americana passará de 10% para 15%, no programa conhecido como E15, também segue rondando os traders e ajudando na sustentação dos preços do grão. Nos próximos dias, o presidente americano Donald Trump deverá informar sobre a oficialização da mudança, ainda segundo o Farm Futures.
Mercado Brasileiro
No mercado brasileiro, os preços do milho têm obedecido muito mais às suas realidades locais de oferta e demanda e, nesta quinta-feira, as cotações testaram altas e baixas nas praças de comercialização do interior do país.
Enquanto a saca do milho perdeu 3,23% em Londrina, no Paraná, para R$ 30,00, subiu 5,36% em São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul, para R$ 29,50. As baixas em outras praças chegaram a bater em mais de 6%.
No porto de Paranaguá a saca do milho terminou os negócios com R$ 38,00 por saca, estável, na referência agosto/19.
No mercado futuro brasileiro, os preços fecharm em queda nesta quinta-feira, com exceção do contrato maio/19, que fechou o dia com alta de 0,26% e valendo R$ 38,60 por saca. Entre os demais, as baixas foram de R$ 0,25% a 0,64%, e o novembro ficou nos R$ 38,75.
A influência do dólar foi limitada nesta quinta, uma vez que transitou tanto do lado negativo, quanto positivo da tabela, para fechar com leve alta de 0,22%. A moeda americana fechou com R$ 3,8960.
"O mercado continua bem-humorado com o resultado das pesquisas...surgiu espaço para correção técnica", comentou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva à Reuters, ao citar que o exterior ajudou no movimento, bem como o Ibope sem novidades.
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