Acordo entre EUA e UE estimula mercado da soja em Chicago, mas efeito pode ser pontual

Publicado em 26/07/2018 10:13
Steve Cachia - Diretor Cerealpar (Brasil) e Consultor Kordin Grain Terminal (Malta)
Brasil pode perder parte do mercado europeu - que é o segundo maior depois da China - porém, não teria condições de atender, em termos de oferta, as duas demandas, tendo exportado tão mais para os chineses neste momento, em termos de oferta. No quadro mundial, segundo consultor, mudanças ainda são tímidas.

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Trump zera tarifa para a Europa comprar soja

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Steve Cachia, diretor da Cerealpar e Consultor do Kordin Grain Terminal, em Malta, conversou com o Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (26) para comentar o acordo que Donald Trump fez com a União Europeia para estimular as importações de soja provenientes dos Estados Unidos, como forma de compensar a saída dos chineses do mercado.

A Bolsa de Chicago (CBOT) responde a esses movimentos com uma alta expressiva na manhã de hoje, somada a outros fatores importantes, como o auxílio anunciado pelo governo norte-americano para os produtores do país e a alta do mercado de trigo no dia de ontem.

Esse acordo comercial pode compensar parte das compras da China, que está fora do mercado dos Estados Unidos no momento. Contudo, a União Europeia já vinha pensando em acelerar essas compras porque é mais barato comprar nos Estados Unidos.

Com mais compradores no mercado, os produtores norte-americanos podem se ver tentados a vender mais rápido. Porém, a perspectiva é de que estes aguardem a nova safra de soja, que está no campo neste momento.

A situação também fica mais volátil com as novas regras dentro do mercado internacional. Na safra atual, o Brasil não tem condições de atender a todos os mercados. Entretanto, o governo brasileiro tenta conversas com o governo chinês para pedir cota de exportação de farelo e óleo de soja de 5 milhões de toneladas, embora os chineses tenham costume de importar o grão para esmagar internamente. Também foi colocada em pauta a retirada da sobretaxa de exportações de frango e açúcar.

Por conta das altas em Chicago, os prêmios devem ceder um pouco no Brasil, mas a demanda chinesa ainda deve fazer alguma diferença.

 

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Por:
Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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