Aos poucos, negócios são retomados em Lucas do Rio Verde (MT), mas atraso na entrega dos fertilizantes ainda preocupa
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Entrevista com Carlos Alberto Simon sobre o Acompanhamento de Safra do Milho Safrinha
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A questão do tabelamento do frete continua sem uma solução, porém, os negócios começam a ser retomados aos poucos nas principais regiões de produção no Brasil. Após a MP 832 ter sido aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado, a expectativa é que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) reporte uma nova tabela nesta sexta-feira (20) atendendo todos os setores.
Em Lucas do Rio Verde, importante região produtora em Mato Grosso, as tradings retomaram os negócios com a soja nos últimos quinze dias. "Temos um menor valor em dólar, com a saca do grão a US$ 18,00, mas o câmbio subiu muito, dessa forma, temos uma equalização dos preços em reais. Não sabemos como o acerto foi feito, só sabemos que o frete está mais alto e os produtores estão pagando essa conta", explica o presidente do Sindicato Rural do município, Carlos Alberto Simon.
Paralelamente, o atraso na entrega dos fertilizantes segue como uma preocupação dos produtores rurais também na região. A perspectiva é que o cenário afete a produtividade das lavouras de soja da safra 2018/19, que começa a ser cultivada em meados de setembro na região.
Milho Safrinha
No caso da safrinha, a colheita entrou na reta final na região, com rendimentos entre 90 até 120 sacas do grão por hectare, dependendo do nível de tecnologia empregada. Ao contrário de outras localidades no estado, as lavouras do cereal foram mais penalizadas com excesso de chuvas entre os meses de fevereiro e março, o que resultou em lixiviação dos fertilizantes.
"E com o escoamento mais lento e a soja, que ainda não foi retirada dos armazéns por conta do impasse do frete, utilizamos silos bolsa para a estocagem do grão. Os preços estão próximos de R$ 20,00 a saca e o consumo está sendo direcionado para uma empresa de etanol de milho na nossa região e para a BRF", pondera a liderança.
Já os negócios para exportação são menos atrativos nesse momento devido ao encarecimento do frete, ainda na visão do presidente do sindicato. Em Mato Grosso, cerca de 49,83% da área cultivada já colhida até o momento, conforme dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). No mesmo período do ano anterior, o estado já havia colhido 62,02% da área.
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