Com greve, cerca de 300 carretas deixam de movimentar feijão diariamente. Fim da paralisação pode pressionar cotações
A greve dos caminhoneiros continua, apesar da indicação de acordo do Governo. Com isso, alguns produtos do agronegócio, como o feijão, se veem afetados pela situação.
Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, lembra que o feijão é um produto estocável, que pode não ter grandes problemas. Contudo, a situação é complicada nas lavouras, bem como pode ocorrer um desabastecimento no varejo.
Há locais em que a colheita, por falta de diesel, está parada, de forma que os produtores podem ter prejuízo nesse processo. Alguns também não conseguem transportar o feijão até a secagem. Para ele, esse é um "efeito dominó", já que muitos estão pagando juros e a situação vai ficando pior a cada hora.
Na visão de Lüders, ainda precisaria de mais algum tempo para que o consumidor começasse a sentir falta de alguns produtos e se manifestasse contra o Governo.
Ele acredita que ainda não dá para quantificar, mas que o setor irá sofrer perdas. Antes da crise, os produtores estavam vendendo feijão entre R$80 a R$100, o que já não cobria os custos de produção.
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