Café: Bolsa de Nova York avança na sessão desta 4ª com suporte técnico e apreensão com frio no Brasil
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (16) com leve alta. O mercado registrou reação depois de duas quedas seguidas sustentado pela cobertura de posições vendidas, compras técnicas e clima no Brasil. Ainda assim, os principais vencimentos seguem abaixo de US$ 1,20 por libra-peso.
O vencimento julho/18 registrou na sessão de hoje 117,25 cents/lb com alta de 30 pontos e o setembro/18 anotou 119,50 cents/lb com 25 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 123,05 cents/lb e valorização de 25 pontos, enquanto o março/19, mais distante, avanço 20 pontos, fechando o dia a 126,50 cents/lb.
Depois de quedas seguidas nos últimos dias, o mercado externo do arábica testou reação na sessão e seguiu em alta desde a manhã. Segundo reporta a Reuters internacional, as cotações foram inicialmente pressionados pela apreciação do dólar ante o real, mas coberturas de vendidos e compras técnicas deram suporte.
Além disso, informações sobre a previsão do tempo em áreas produtoras na próxima semana do Brasil, maior produtor e exportador, também deram suporte aos preços externos. As temperaturas tendem a diminuir em áreas brasileiras, o que deixa operadores atentos com a possibilidade de geadas. São previstas mais instabilidades a partir da próxima semana.
"O clima está seco em áreas produtoras de arábica, mas houve alguns chuvas em áreas conillon", disse em relatório o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. O mercado vinha repercutindo com otimismo nos últimos dias essa condição climática no país uma vez que, na visão deles, tende a favorecer a maturação e colheita.
O câmbio, que vinha pressionando as cotações externas, exerceu pouco impacto sobre o mercado nesta quarta. O dólar comercial avançou 0,48%, cotado a R$ 3,6784 na venda, com expectativa sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos. A divisa mais alta em relação ao real tende a encorajar as exportações, mas pressiona os preços externos.
Mercado interno
Os negócios com café seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil após ligeiro aumento na liquidez no início do mês. "Conforme colaboradores do Cepea, muitos produtores estão com as atenções voltadas à colheita da safra 2018/19", disse em nota nesta quarta-feira o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 495,00 e alta de 0,61%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 2,27% e saca a R$ 450,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 475,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,66% e saca a R$ 459,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Lajinha (MG) com valorização de 2,38% e saca a R$ 430,00.
Na terça-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 445,21 e alta de 0,50%.
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