Café: NY tem maior queda diária em três semanas nesta 2ª feira com pressão do câmbio e safra brasileira

Publicado em 07/05/2018 17:43

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (07) com queda próxima de 200 pontos, a maior baixa diária em três semanas. O mercado do grão foi essencialmente pressionado pelo câmbio, mas segue o otimismo dos operadores com a safra 2018/19 do Brasil.

O vencimento julho/18 registrou 120,75 cents/lb com queda de 185 pontos e o setembro/18 anotou 123,15 cents/lb com recuo de 180 pontos. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 126,60 cents/lb e desvalorização de 180 pontos e o março/19, mais distante, caiu 180 pontos, fechando a 130,05 cents/lb.

Segundo reporta a Reuters internacional, o tempo seco no Brasil, maior produtor e exportador mundial, deve favorecer o amadurecimento e a colheita da grande safra do país, pressionado assim os preços externos. Por outro lado, produtores brasileiros já reportam perdas com as condições climáticas adversas no país.

"O clima parece bom no Brasil neste momento, embora contraditoriamente algumas regiões de arábica necessitem chuva", disse em relatório o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. Com a queda de hoje, o mercado do arábica estende perdas e completa a segunda baixa consecutiva, ainda assim os preços seguem ao redor de US$ 1,20 por libra-peso.

Algumas consultorias privadas estimaram recentemente a safra brasileira em mais de 60 milhões de sacas de 60 kg, enquanto a última previsão da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) aponta a produção de café do Brasil entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas neste ano. A atualização desses números será feita em 17 de maio.

O real mais fraco também contribuiu para a queda do arábica na ICE. O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,82% e R$ 3,5528 na venda, maior nível desde 2 de junho de 2016, acompanhando o movimento externo em meio a temores de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos, segundo a Reuters. A divisa mais alta em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity.

Mercado interno

Os negócios com café registraram aquecimento nos últimos dias, mas neste início de semana já voltaram ao ritmo mais lento. "Além dessas altas na ICE, a desvalorização do real frente ao dólar acelerou nesta semana levando o mercado físico brasileiro de café a movimentar-se, com os preços em reais subindo e incentivando o fechamento de um volume mais significativo de negócios", disse em informativo o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 493,00 e queda de 1,40%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 2,08% e saca a R$ 470,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 470,00 e alta de 1,08%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 2,15% e saca a R$ 455,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável), Franca (SP) (+1,10%) e Guaxupé (MG) (-1,50%), ambas com saca a R$ 460,00. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 2,35% e saca R$ 415,00.

Na sexta-feira (04), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 451,15 e queda de 0,62%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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