Produtores rurais iniciam diálogo para suspender embargos às pistas de avião para controle de pragas do algodão na Bahia
Diante da ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), os produtores rurais baianos, por meio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), se reuniram nesta sexta-feira (20) com o vice-presidente do órgão, Luciano Evaristo, solicitando apoio na suspensão dos embargos a 22 pistas de pouso de propriedades rurais até a conclusão da safra de algodão no oeste da Bahia, cuja fase da colheita se inicia em junho. As pistas embargadas são utilizadas pelas aeronaves para a pulverização de defensivos agrícolas para o combate a pragas e doenças como o bicudo do algodoeiro, mosca branca, pulgão, nematóides, pulgões, dentre outros.
“No caso da operação das pistas, a legislação ainda traz muita confusão. As pistas de pouso são registradas pela Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] e as aeronaves no Ministério da Agricultura. Os embargos aconteceram por causa de um decreto, de teor confuso, e que só está em vigência na Bahia, e cumpridos por um órgão de fiscalização federal. Somado ao fato de que os produtores podem ser prejudicados em um período crítico de defesa sanitária da lavoura de algodão, estamos trabalhando, primeiro, para reverter estes embargos como forma de garantir um entendimento pacificado entre os órgãos fiscalizadores para o posterior atendimento das pistas à legislação vigente”, explica o diretor executivo da Abapa, Lidervan Morais, presente na reunião.
Na oportunidade, o vice-presidente do Ibama, acolheu a demanda , para posterior avaliação. A reunião contou com a participação do diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, e da produtora rural, Patrícia Morinaga, que na oportunidade representou o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato. O embargos às pistas durante operação do Ibama também foi tema de debate na Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa da Bahia, na última terça-feira (17), quando a medida foi classificada como “arbitrária” pelo presidente do colegiado, o deputado estadual, Eduardo Salles.
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