Café: Após reação, cotações do arábica voltam a recuar nesta 5ª feira em NY e perdem cerca de 50 pts
Depois de reação no início dos trabalhos, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (19) com baixa próxima de 100 pontos. O mercado externo do grão voltou a ser impactado pelo otimismo com a safra do Brasil, que começa a ser colhida nos próximos dias e câmbio.
O contrato maio/18 encerrou a sessão de hoje com queda de 65 pontos, cotado a 114,25 cents/lb, já o julho/18 anotou 116,25 cents/lb com desvalorização de 90 pontos. Enquanto que o setembro/18 registrou 118,40 cents/lb com queda de 90 pontos e o dezembro/18, mais distante, anotou 121,90 cents/lb e 90 pontos de perdas.
Segundo informa a Reuters internacional, operadores voltaram a se atentar ao Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. De acordo com relatos de operadores à agência internacional, o clima favorável para a safra no país continua a limitar os preços em maio ás expectativas de colheita recorde neste ano no país.
"Traders preveem grandes produções no Brasil e Vietnã neste ano e permanecem aquém do mercado. Em Nova York estão repercutindo sobre bom tempo sendo reportado no Brasil e esperam outra grande safra no país", disse em relatório o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville.
Consultorias privadas chegam a estimar a safra brasileira acima de 60 milhões de sacas de 60 kg levando em conta as variedades arábica e conilon. As previsões ocorrem em um cenário de bienalidade positiva para a maioria das lavouras, com recuperação na safra de conilon no Espírito Santo e melhores condições climáticas.
De acordo com institutos meteorológicos, o tempo nesta semana deve ficar mais firme nas áreas produtoras de café do Paraná, São Paulo e Minas Gerais. O frio predomina. Na próxima semana, mais instabilidades passarão a ser registradas em algumas áreas, mas ainda com baixos acumulados.
O câmbio também contribuiu para a pressão no mercado do arábica nesta quinta. O dólar comercial fechou o dia com alta de 0,34% ante o real, cotado a R$ 3,3915 na venda, com agenda esvaziada e em movimento de correção. O câmbio tende a impactar diretamente as exportações da commodity.
Mercado interno
O mercado brasileiro segue com negócios isolados nesta semana. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) informa que agentes do setor estão à espera da intensificação da colheita da safra 2018/19. Por outro lado, os exportadores aguardam a entrada da nova temporada para retornarem mais ativamente ao mercado.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 466,00 e queda de 0,43%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,23% e saca cotada a R$ 433,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu na Média Rio Grande do Sul com avanço de 1,20% e saca a R$ 420,00.
Na quarta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 425,59 e queda de 0,78%.
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