Independente de a UE barrar ou não frangos de nove empresas, o BR vai entrar na OMC contra interpretação da salmonelose
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Protecionismo da UE ao frango Brasileiro com Ricardo Santin - Vice Presidente de Mercado da ABPA
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Entre hoje (18) e amanhã (19) está em andamento uma reunião em Bruxelas, na sede da União Europeia, para definir as questões relativas à carne de frango brasileira, com o embargo à BRF em destaque.
Ricardo Santin, vice-presidente de mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destaca que são nove empresas brasileiras que estão envolvidas nesta reunião, tendo como um dos principais temas o entendimento dos europeus à respeito do disfarce técnico sobre a salmonela.
Mesmo que haja uma decisão favorável para o Brasil, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, vê a possibilidade de entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) para modular os critérios diferentes que são utilizados para o mesmo produto em torno da presença da salmonela.
A produção europeia de frango está em torno de 11 milhões de toneladas, das quais 26%, ou 3 milhões de toneladas, são referentes à carne de frango. O Brasil, portanto, oferece um grande suprimento a este mercado, com 320 mil toneladas de peito de frango e 80 mil toneladas de peito de peru exportadas.
O mercado europeu já adota o sistema de cotas, de forma que esta não seria uma alternativa a ser implementada, segundo Santin. As outras empresas que não estão na lista da União Europeia não devem sofrer nenhuma consequência neste momento.