Milho: Mercado sobe 3% nesta 5ª feira na CBOT após USDA indicar queda na área cultivada nos EUA
O pregão desta quinta-feira (29) foi de forte alta aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Os principais contratos da commodity finalizaram o dia com ganhos de mais de 14 pontos, uma valorização de mais de 3%. As posições mais distantes retomaram o patamar de US$ 4,00 por bushel, com o setembro/18 a US$ 4,03 por bushel.
O maio/18 era cotado a US$ 3,87 por bushel, já o julho/18 encerrou a sessão a US$ 3,96 por bushel. O dezembro/18 também subiu e terminou a quinta-feira negociado a US$ 4,11 por bushel.
"Os preços subiram mais de 3% após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) surpreender os comerciantes ao projetar um declínio na área plantada com o cereal na nova safra no país", destacou a Reuters internacional.
Ainda hoje, o departamento americano confirmou a queda esperada pelos investidores na área plantada com o milho. O número ficou em torno de 35,61 milhões de hectares.
A expectativa dos participantes do mercado giravam em torno de 35,77 a 36,83 milhões de hectares. No ano passado, os produtores americanos cultivaram 36,5 milhões de hectares com o grão.
Leia mais:
>> USDA traz área menor de soja para os EUA e preços reagem com forte alta na CBOT
Paralelamente, os números dos estoques trimestrais também contribuíram para a formação do cenário. Na posição 1º de março, os estoques ficaram em 225,7 milhões de toneladas de milho. No ano anterior, o número era de 219,01 milhões de toneladas.
As estimativas estavam entre 215,9 milhões de toneladas a 226,07 milhões de toneladas do cereal.
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado doméstico, a quinta-feira foi de estabilidade aos preços do cereal. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço subiu 3,45% em Rondonópolis (MT), com a saca a R$ 30,00.
Em Brasília, a alta foi de 3,03%, com a saca a R$ 34,00. No Oeste da Bahia, a saca do milho subiu 1,79% e terminou o dia R$ 28,50. Já no Porto de Paranaguá, a saca futura subiu 1,49% e fechou o dia a R$ 34,00.
Ao longo dessa semana, as atenções dos participantes do mercado estavam voltadas aos rumores de importação de milho no mercado brasileiro. As especulações indicam a compra de mais de 1 milhão de toneladas dos EUA e da Argentina, porém, o volume poderia ser mais alto.
Esse cenário acabou pressionando negativamente os preços praticados no mercado doméstico, conforme ponderam os analistas. A safra também continua no radar dos investidores. A colheita da primeira safra chega a 51% da área cultivada no centro-sul do país, segundo levantamento da AgRural.
O plantio da safrinha já foi finalizado no centro-sul do Brasil, ainda segundo dados da consultoria. Os produtores deverão colher uma safrinha próxima de 64 mi de toneladas nesta temporada.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
0 comentário
Apesar de dólar alto, quinta-feira chega ao final com recuos da cotações do milho na B3
Terceiro e Segundo lugares na categoria irrigado do Getap 24 destacam manejo para alta produtividade
Trabalho em equipe e planejamento são apontados como diferenciais de produtividade no Getap 2024
Sem movimentação em Chicago nesta 5ªfeira, alta do dólar é esperança de negócios para exportação no Brasil
Radar Investimentos: preços do cereal no mercado doméstico está pressionado
Milho deve representar 40% da margem do sistema soja/milho da safra 24/25