Café: Após quedas seguidas, Bolsa de Nova York reage na sessão desta 3ª e consolida patamar de US$ 1,20/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (6) com leve alta e se recuperaram de parte das perdas da véspera. O mercado externo do grão realizou ajustes técnicos durante a maior parte da sessão, mas operadores externos seguem atentos com a safra brasileira.
O vencimento março/18 fechou a sessão cotado a 119,95 cents/lb com alta de 75 pontos, o maio/18 registrou 121,25 cents/lb com avanço de 15 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 123,45 cents/lb e valorização de 10 pontos e o setembro/18, mais distante, teve alta de 10 pontos, fechando a 125,70 cents/lb.
Depois de duas sessões seguidas de baixa que levaram as cotações quase abaixo de US$ 1,20 por libra-peso, o mercado do arábica testou reação durante quase toda a sessão desta terça-feira. No entanto, do lado fundamental ainda pesa sobre os preços informações sobre o bom desenvolvimento da safra 2018/19 do Brasil.
"Os fundos continuam muito vendidos, e o interesse de compra nos mercados de moedas permanece difícil de ver. Eles antecipam grandes no Brasil e no Vietnã neste ano e acredito que os compradores estão bem cobertos agora. Outros especuladores parecem interessados em comprar, mas não encontraram boas razões reais para fazê-lo", disse em relatório o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
A safra brasileira que será colhida nos próximos meses segue em desenvolvimento. Consultorias chegam a estimar a possibilidade de colheita recorde neste ano, ao redor de 60 milhões de sacas de 60 kg. Do outro lado, o setor produtivo diz acreditar que ainda é cedo para cravar essa possibilidade de recorde, além disso algumas lavouras enfrentaram condições adversas durante a florada.
O câmbio também contribuiu para os ganhos no mercado do arábica. O dólar comercial caiu 1,16%, fechando o dia cotado a R$ 3,2105 na venda, acompanhando a cena política interna e externa. Esse é o menor nível desde 1º fevereiro. As oscilações da divisa ante o real impactam diretamente nas exportações da commodity e os preços também oscilam.
A Colômbia, segundo maior país produtor de arábica, colheu 1,2 milhão de sacas de 60 kg de arábica lavado em fevereiro, o que representa uma queda de 6% ante o mês anterior, segundo informou a Federação Nacional de Produtores de Café. Neste ano, até o momento, a produção do país ultrapassa as 2,3 milhões de sacas.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro seguem acontecendo lentamente, mas registraram melhora em relação às últimas semanas. Segundo o Escritório Carvalhaes, no entanto, os cafeicultores ainda consideram baixas as bases de preço oferecidas pelos compradores e vendem apenas o necessário para fazer frente aos compromissos mais próximos.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (-0,63%) e Poços de Caldas (MG) (-1,05%), ambas com saca a R$ 472,00. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 1,15% e saca a R$ 440,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 462,00 e desvalorização de 1,07%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 445,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG) com queda de 2,22% e saca a R$ 440,00.
Na segunda-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 429,48 com queda de 1,76%.
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