Milho reflete menor disponibilidade de oferta e mar/18 sobe mais de 2% nesta 4ª na BM&F

Publicado em 21/02/2018 12:44

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O pregão desta quarta-feira (21) foi positivo aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal subiram entre 1,24% e 2,97%. O março/18 consolidou o patamar de R$ 36,00 a saca, e encerrou o dia a R$ 36,36 a saca. O maio/18 era cotado a R$ 35,39 a saca e o setembro/18 a R$ 33,38 a saca.

De acordo com o consultor de agronegócios, Flávio França Junior, os preços da bolsa refletem, principalmente o comportamento do mercado de São Paulo. "O mercado paulista acaba balizando as cotações e não temos, nesse momento, disponibilidade de oferta. O mercado está bem escasso de produto", explica.

A colheita da safra de verão mais lenta e a preferência dos produtores em negociarem a soja também ajuda a dar suporte aos preços do cereal. "Temos altos estoques de milho, mas a prioridade é vender a soja e os preços do milho estão subindo em uma momento em que normalmente não sobem", destaca França.

Por outro lado, as incertezas trazidas pelo comprometimento da janela ideal de cultivo do milho safrinha segue no radar dos investidores. Segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, cerca de 60% da safrinha ainda precisa ser plantada no país.

Já a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2618 na venda, com alta de 0,19%. "O câmbio subiu após o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduzir temores de que poderia elevar mais rapidamente os juros nos Estados Unidos e, assim, afetar o fluxo global de capitais", informou a Reuters.

Enquanto isso, no mercado doméstico, o dia foi de ligeiras valorizações aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço subiu 4,35% em Campo Grande (MS), com a saca a R$ 24,00.

Em Mato Grosso, as praças de Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra também registraram ganhos nesta quarta-feira. Os preços ficaram em R$ 19,50 a saca e R$ 20,50 a saca, respectivamente. Em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho foi de 2,08%, com a saca a R$ 24,50. Já em Assis (SP), a valorização foi de 1,08%, com a saca a R$ 28,00.

Em contrapartida, em Sorriso (MT), o valor caiu 7,14% e a saca encerrou o dia a R$ 13,00. No Oeste da Bahia, a perda ficou 3,70%, com a saca a R$ 26,00.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), a sessão desta quarta-feira foi de ligeiras valorizações. As principais posições do cereal finalizaram o dia com ganhos entre 0,25 e 0,50 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,65 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,74 por bushel.

O clima na Argentina continua como principal fator de sustentação aos preços no mercado internacional. Segundo levantamento da da consultoria argentina Agripac, a quebra no milho está próxima de 12%, com uma produção ao redor de 37 milhões de toneladas. E para os próximos dias, os mapas climáticos não indicam chuvas. Contudo, os especialistas destacam as perdas já estariam precificadas pelos investidores.

Um fator positivo, ainda conforme destacado pelo site Agrimoney.com, é o forte desempenho dos embarques semanais. Ainda nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou os embarques em 938,099 mil toneladas.

Paralelamente, os participantes do mercado já começam a observar o planejamento da nova safra nos Estados Unidos. No final do mês serão divulgadas as primeiras projeções para a produção americana.

Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> MILHO

Ao meio-dia as cotações já indicavam a alta

O pregão desta quarta-feira (21) é positivo aos preços do milho negociados na BMF Bovespa. As principais posições do cereal testavam valorizações entre 0,61% e 1,76%, perto das 12h02 (horário de Brasília). O março/18 era cotado a R$ 35,93 a saca e o maio/18 a R$ 35,15 a saca.

Além da influência da Bolsa de Chicago, que também opera em campo positivo na sessão desta quarta-feira, o mercado acompanha a movimentação cambial. A moeda norte-americana operava próxima da estabilidade perto das 12h16 (horário de Brasília), cotada a R$ 3,25 na venda.

Paralelamente, os investidores ainda acompanham o cenário do mercado doméstico. As cotações continuam sustentadas, conforme ponderam os analistas, em meio à colheita da safra de verão mais lenta e a preferência dos produtores em negociarem a soja nesse momento.

Do mesmo modo, as incertezas trazidas pelo comprometimento da janela ideal de cultivo do milho safrinha segue no radar dos investidores. Segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, cerca de 60% da safrinha ainda precisa ser plantada no país.

Bolsa de Chicago

As cotações do milho continuam com ligeiras altas na Bolsa de Chicago (CBOT). Perto das 12h28 (horário de Brasília), as principais posições do cereal testavam ganhos de 0,25 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,65 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,74 por bushel.

O mercado voltou a testar leves altas depois de encerrar o dia anterior em campo negativo. Os preços do cereal tocaram o patamar mais alto dos últimos seis meses, impulsionados pelas preocupações com o clima na Argentina e os impactos nas lavouras do grão.

De acordo com levantamento da consultoria argentina Agripac, a quebra no milho está próxima de 12%, com uma produção ao redor de 37 milhões de toneladas. E para os próximos dias, os mapas climáticos não indicam chuvas. Contudo, os especialistas destacam as perdas já estariam precificadas pelos investidores.

Um fator positivo, ainda conforme destacado pelo site Agrimoney.com, é o forte desempenho dos embarques semanais. Ainda nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou os embarques em 938,099 mil toneladas.

Por outro lado, os participantes do mercado já começam a observar o planejamento da nova safra nos Estados Unidos. No final do mês serão divulgadas as primeiras projeções para a produção americana.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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