Com suporte da demanda e do clima seco na Argentina, milho consolida mais um dia de valorização na CBOT

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta terça-feira (6) em alta. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 4,50 e 4,75 pontos, com ganhos de mais de 1%. O março/18 era cotado a US$ 3,63 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,71 por bushel.

Segundo informações reportadas pelo Agrimoney.com, os preços também subiram diante da continuidade do clima seco na Argentina. As previsões climáticas voltaram a indicar algumas chuvas a partir da próxima semana nas regiões de produção.

Além disso, segue no radar dos investidores a questão da China e as especulações sobre a compra de sorgo americano. Como fator positivo, os investidores ainda destacam os anúncios de vendas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Ainda hoje, o USDA reportou duas vendas de milho, totalizando 225 mil toneladas. A primeira, de 120 mil toneladas foi destinada ao Japão e deverá ser entregue ao longo da campanha 2017/18.

A segunda, para destinos desconhecidos, ficou em 105 mil toneladas de milho. O volume também deverá ser entregue ao longo do ciclo 2017/18.

Mercado interno

A terça-feira foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento diário realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor caiu 3,33% em Ponta Grossa (PR), com a saca a R$ 29,00. No Oeste da Bahia, a queda foi de 1,82%, com a saca a R$ 27,00.

Na contramão desse cenário, em Palma Sola (SC), a saca de milho subiu 1,89% e encerrou o dia a R$ 27,00. Já em Assis (SP), o ganho foi de 1,13%, com a saca de milho R$ 26,80. Em Paranaguá, o valor futuro, para entrega em agosto/18, ficou estável em R$ 30,50 a saca.

"Por enquanto, a maior oferta de cereal proveniente do início da colheita de verão do Sudeste e do Sul do País pressiona ou impede uma reação mais forte nos preços. No entanto, parte dos agentes tem expectativa de que os valores do cereal possam se recuperar, fundamentados nas incertezas quanto à segunda safra", informou o Cepea em nota.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2461 na venda, com queda de 0,03%. Depois de subir quase 1% no início do pregão, o câmbio perdeu fôlego influenciado pela recuperação das bolsas norte-americanas depois da queda no di anterior em meio à perspectiva de maior aperto monetário nos Estados Unidos.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

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